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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Meditação pode proteger o cérebro de doenças psiquiátricas

Quem medita tem mais controle sobre áreas importantes do cérebro e, por isso, está mais protegido

Um novo estudo descobriu que pessoas que praticam meditação parecem ser capazes de desligar áreas do cérebro associadas aos distúrbios psiquiátricos, como o autismo e a esquizofrenia.

Aprender como o cérebro funciona durante a meditação pode ajudar no avanço de pesquisas em dezenas de doenças, de acordo com o autor da análise, Judson Brewer, professor assistente de psiquiatria da Yale University, nos EUA.

Ele e sua equipe utilizaram exames de ressonância magnética para escanear a atividade cerebral em praticantes de meditação novatos e experientes.

Os habilidosos diminuíram a atividade na rede normal do cérebro ligada a lapsos de atenção e distúrbios como ansiedade, transtorno do déficit de atenção, mesma região responsável pela construção de placas associadas à doença do Alzheimer.

Os pesquisadores descobriram também que quando o "modo normal" de trabalho do cérebro está ativo, regiões associadas com o automonitoramento e controle cognitivo também estão ativadas. Isso é atestado apenas em quem medita há muito tempo, mas não em quem é novato na meditação.

A interpretação dos autores é que este comportamento sugere que, quem medita, monitora e suprime constantemente pensamentos egoístas.

Os indivíduos que meditavam há muito tempo foram capazes de coativar duas regiões do cérebro durante a meditação e também enquanto descansavam, sugerindo que eles tenham desenvolvido um modo padrão novo, mais centrado no presente.

“A habilidade da meditação de se focar no momento é parte da filosofia e da prática contemplativa há milhares de anos”, disse Brewer, no material de divulgação da Universidade de Yale.

"A marca registrada de muitas doenças mentais é uma preocupação com os próprios pensamentos, uma condição que a meditação parece afetar. Isso nos dá boas pistas sobre como os mecanismos neurais podem estar trabalhando clinicamente." O estudo foi divulgado na edição de Novembro da revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fonte IG

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