Os idosos cujo sangue apresenta maiores teores de certas vitaminas e ácidos graxos ômega 3 mantêm a capacidade mental e de memória por mais tempo, revela um estudo.
O trabalho concluiu que os idosos que consomem estas vitaminas e ácidos graxos ômega 3 não experimentam uma redução do volume de seu cérebro, um fenômeno tipicamente observado nas pessoas que sofrem do mal de Alzheimer.
Publicado na edição de 28 de novembro da revista "Neurology", o estudo determina que os altos níveis de vitamina B, C, D e E, assim como de ômega 3, encontrado principalmente nos peixes, têm efeitos positivos na saúde mental e no restante do organismo.
"Este enfoque mostra claramente os efeitos neurológicos e biológicos, bons e maus, ligados aos níveis de diferentes nutrientes no sangue", explica Maret Traber, do Instituto Linus Pauling da Universidade do Oregon, no noroeste dos Estados Unidos.
"As vitaminas e os nutrientes que se obtêm comendo uma grande variedade de frutas, legumes e peixes podem ser medidas com o auxílio de biomarcadores sanguíneos. Estou convencida de que estes nutrientes têm um grande potencial para proteger o cérebro e fazê-lo funcionar melhor", afirma Traber.
A pesquisa também revela que os participantes do estudo com alimentação rica em ácidos e gorduras trans, abundantes em produtos lácteos e frituras, obtiveram resultados piores no teste cognitivo e apresentaram redução do cérebro considerável.
Os pesquisadores analisaram 104 indivíduos com idade média de 87 anos, submetidos a testes com 30 biomarcadores de nutrientes no sangue. Deste total, 42 também passaram por exames de ressonância magnética para medir o volume de seus cérebros.
Fonte Folhaonline
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