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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Estudo reprova novas próteses ortopédicas

A medida que as pessoas envelhecem, próteses do quadril e do joelho devem ser usadas cada vez mais - Marcos de Paula/AE
Tecnologias desenvolvidas a partir de 2003 para implantes de quadris e joelhos não têm desempenho melhor do que as mais antigas, mostra levantamento

Um novo estudo divulgado na Austrália sugere que as tecnologias mais recentes para implantes de quadris e joelhos não têm um desempenho melhor que as mais antigas.

O estudo, que teve por base dados de registros de ortopedia da Austrália e abrangeu implantes introduzidos de 2003 a 2007, foi publicado nesta semana pela revista médica The Journal of Bone and Joint Surgery, dedicada a estudos que examinam os benefícios e limitações dos registros ortopédicos.

As conclusões são importantes porque muitas das novas próteses, como as de metal sobre metal, são bastante usadas nos Estados Unidos. Essas próteses, que possuem a rótula e copa de metal, hoje se desgastam prematuramente em muitos casos, em vez de durarem 15 anos ou mais, como deveriam.

Durabilidade. O estudo mostra que nenhuma prótese para quadril ou joelho lançada nos últimos cinco anos se revelou mais durável que as antigas. Na verdade, 30% delas seriam piores.

Cerca de 700 mil americanos se submetem a uma substituição de próteses do quadril ou do joelho todos os anos, e esse número deve aumentar à medida que a população envelhece.

A conclusão foi que tanto pacientes como os programas de saúde financiados pelo contribuinte estão pagando um alto preço, porque os cirurgiões vêm preferindo os implantes mais recentes, lançados no mercado com poucos dados sobre testes, em vez de adotarem os existentes que já possuem um histórico de uso. “É preciso uma cuidadosa reavaliação das atuais deficiências da regulamentação”, disse Stephen Graves, diretor do serviço de registro australiano e coautor do trabalho.

Recapeamento. Para alguns médicos, um tipo de implante inteiramente metálico, conhecido como recapeamento, está permitindo a alguns pacientes se tornarem mais ativos. No entanto, dados indicam que tais benefícios estão limitados a um grupo de pacientes, na maior parte homens de meia-idade.

Fonte Estadão

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