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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Idoso: casa de repouso ou da família?

Com o aumento da proporção de idosos e da expectativa de vida em nosso país, torna-se cada vez maior a preocupação dos adultos em como cuidar de seus familiares na terceira idade. E nesse momento, surgem muitas dúvidas. É melhor deixar o idoso sozinho em casa ou morar na mesma residência dos filhos? Casa de repouso é uma opção correta?

Para o geriatra Luiz Roberto Ramos, professor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), o ideal é manter o idoso no seu espaço natural. "Independentemente do seu estado de saúde ele deve sentir que está em seu lugar", explica. "Mesmo com a memória ruim, é mais fácil de se localizar em uma casa onde ele sempre morou".

Outra alternativa, segundo o médico, é fazer um trabalho de adaptação no lar do idoso capaz de dar condições de morar sozinho.

Cuidados
Na opinião do médico, conseguir fazer suas atividades sem precisar de ajuda é o segredo para o idoso morar sozinho. "Ele deve ser capaz de se alimentar, tomar banho, fazer compras, pagar as contas, planejar um passeio e controlar a própria medicação", ressalta.

Porém, é importante lembrar que o fato do idoso morar sozinho abre a possibilidade de ele sofrer acidentes em casa. Por outro lado, a decisão da transferência pode ser ponderada quando o idoso apresenta lucidez, segundo o geriatra.

O médico lembra que existem casos em que é possível o idoso dependente permanecer em sua própria casa. "Isso pode acontecer desde que a família contrate um cuidador que o ajude a dar assistência sem que ele tenha que se deslocar do lugar", explica.

Comportamento
A família que recebe o idoso em casa precisa estar preparada para a mudança de rotina, de acordo com o médico. Ele explica que muitas vezes os familiares ficam muito angustiados com a situação e optam por manter seu idoso em uma casa de repouso.

"Quando ele começa a ter problemas de comportamento ou ficar muito dependente, a família não aguenta seu grau de dependência e ele acaba sendo institucionalizado", explica. "Cada um deve ver se está preparado para lidar com essa situação", aconselha.

A função das instituições, segundo Ramos, é auxiliar a família que não tem condições de cuidar por falta de tempo ou de dinheiro. "Às vezes a família não tem condições de bancar todos os recursos desejáveis. O básico seria ficar em uma instituição onde ele tivesse o mínimo de supervisão médica", afirma Ramos.

Suporte afetivo
Apesar de o idoso contar com uma assistência especializada, o geriatra lembra que o internamento pode isolar o paciente. "Embora esteja mais supervisionado, o idoso pode ficar afetivamente isolado e não ter ligação com ninguém. Por outro lado, existem casos de idosos que quando vão para uma instituição, acabam gostando, porque lá encontram outras pessoas, conversam e interagem", afirma.

Segundo o médico, a família deve estar disposta a fazer visitas constantes no asilo para garantir o suporte afetivo. "Percebe-se que o contato com família é muito importante e, dependendo da qualidade da instituição, eles vão oferecer oportunidades de lazer e atividades para preencher o dia dessas pessoas", finaliza.

Fonte Band

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