Espirros, dores de ganganta, nariz entupido. Os sintomas são, no Inverno, quase tão frequentes como o frio e, diz quem sabe, afectam os adultos, em média, duas a três vezes por ano. E, para muitos, de nada vale o sumo de laranja, o chá de limão com mel e todas as outras receitas caseiras, isto porque o trabalho do sistema imunitário é influenciado por vários factores, que vão dos genes ao stresse, regime alimentar, falta de sono... e exercício, garante Mike Gleeson, professor na universidade britânica de Loughborough.
Quer isto então dizer que o exercício faz bem, mas nem sempre. Confirma o especialista, se a prática regular e moderada de exercício físico pode afastar infecções como a constipação, amigdalite ou até a gripe, já correr uma maratona pode aumentar a dependência dos lenços de papel, medicamentos e mezinhas.
Com os Jogos Olímpicos à porta, os cientistas lançaram mãos à obra para tentar perceber de que forma o exercício entra nesta equação e porque é que, estando todos da mesma forma à mercê dos vírus, há quem a eles sucumba, enquanto outros resistem heroicamente. E a intensidade do exercício pode mesmo ajudar a dar uma resposta.
De nada vale exagerar
«Se uma pessoa tiver a tendência para ser agarrada ao sofá, então provavelmente o risco de contrair uma infecção está dentro da média – duas a três infecções do trato respiratório superior por ano. Mas a investigação mostra que aqueles que praticam excercício físico moderado regularmente (por exemplo, uma caminhada diária), podem reduzir até um terço a probabilidade de contrair uma infecção respiratória, tal como a constipação», explica Mike Gleeson.
Da mesma maneira, avança ainda o professor, nos períodos que se seguem à prática intensa de exercício, «a probabilidade de adoecer aumenta. Nas semanas que se seguem a uma maratona, os estudos dão conta do aumento, em duas a seis vezes, do risco de sofrer de uma infecção respiratória».
Fonte Destak
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