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sexta-feira, 2 de março de 2012

Portugal adopta plano para prevenir suicídios

Uma comissão de psiquiatras, enfermeiros e académicos portugueses e estrangeiros vai passar a executar, a partir do final da época de Verão, um plano para prevenir os suicídios em Portugal, na sequência do aumento esperado de depressões devido à crise.

O objectivo faz parte do Plano Nacional de Saúde Mental 2007/2016, mas a sua concretização foi acelerada devido ao aumento esperado de depressões causadas pela crise.

A comissão será liderada por Álvaro de Carvalho, director do Programa Nacional da Saúde Mental, da Direcção Geral de Saúde, que explicou que "a principal causa de suicídios é a depressão", embora Portugal tenha registado, num euro barómetro divulgado em 2010, "um consumo médio de antidepressivos cinco vezes superior à média europeia".

Por isso e porque a crise económica levou a União Europeia (UE) e a Organização Mundial de Saúde (OMS) a lançar alertas para a probabilidade de as depressões aumentarem, a prevenção passou a ser a palavra-chave, acrescentou Álvaro de Carvalho.

Um estudo da OMS/Europa, que visou perceber o impacto de crises anteriores na saúde mental, indica que "nos países de desenvolvimento médio e elevado como Portugal, as situações de suicídio têm aumentado por questões de ansiedade e depressão", afirmou o especialista.

Embora as medidas ainda não estejam definidas, uma vez que a própria comissão ainda está em processo de constituição, Álvaro de Carvalho explica que as iniciativas de prevenção passam por sistematizar o diagnóstico e terapêutica da depressão, sobretudo a nível dos cuidados primários, e a articulação com as equipas de saúde mental e com outras entidades clinicas.

Da comissão fazem parte, entre outros, o coordenador português da Aliança Europeia contra a Depressão, Ricardo Gusmão, o psiquiatra Daniel Sampaio, fundador da Sociedade Portuguesa de Suicidologia, Carlos Brás Saraiva, José Carlos Santos, director da delegação de Lisboa do Instituto de Medicina Legal, Jorge Costa Santos, além de Álvaro de Carvalho, coordenador da iniciativa.

A comissão vai integrar ainda três académicos estrangeiros "que aceitaram fazer parte como consultores deste grupo", adiantou o responsável.

O grupo incluirá ainda representantes das ordens dos Médicos, dos Psicólogos e dos Enfermeiros, da Associação de Profissionais de Serviço Social, da Associação de Medicina Geral e Familiar, dos Médicos de Saúde Pública, e envolverá ainda associações empresariais e sindicais, agentes da autoridade, bombeiros, câmaras municipais e outras entidades com capacidade de intervenção junto da população mais afectada pela crise.

Fonte Correio da Manhã

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