Estímulos visuais e auditivos que fazem com que as pessoas prestem grande atenção – como aquelas em filmes dramáticos, de ação, terror ou tensão – ativam o cérebro de maneira única, fazendo-o trabalhar mais intensamente.É o que observaram pesquisadores da Universidade de Columbia, nos EUA, que trabalharam para determinar como filmes e séries de TV agiam sobre os padrões de atividade cerebral de espectadores.
“O pico de atividade neural desses espectadores coincidiu com os momentos de maior tensão do programa ou filme que eles assistiam”, apontam os autores do estudo publicado no periódico Frontiers in Human Neuroscience.
Da mesma forma, escrevem, essas atividades neurais caem muito um segundo após a cena terminar e o mesmo acontece com filmes muito disruptivos (quando a narrativa é menos linear), como aqueles onde os tempos da ação na história variam muito, como em Pulp Fiction ou Amnésia, dois sucessos do cinema onde esse tipo de narrativa é utilizada.
“Esse tipo de filme com muitas cenas tensas faz as pessoas ficarem pouco relaxadas”, explica Lucas Parra, um dos autores do estudo. Se você quer apenas relaxar, sugere o estudo, então o melhor é fugir desse tipo de filme (isso inclui os blockbusters com muitas cenas de suspense a ação, que podem fazer você mais ativo e mesmo dificultar que o sono apareça depois).
“Cenas intensificadas com música também funcionam desta maneira, mesmo quando não levam à grandes picos de ação. O cérebro fica preparado para que algo aconteça, aumentando a atenção de forma muito intensa”, diz outro autor, Jasek Dmochowsky.
As descobertas, dizem os pesquisadores, não servema apenas para os produtores de cinema ou publicitários. Determinados tipos de condições, como a dislexia ou o déficit de atenção e hiperatividade, podem ser amenizados com algum tipo de estratégia decorrente destes resultados do estudo.
Medir o engajamento de atenção (ou seja, o tanto que o cérebro atinge picos de atenção durante uma atividade, mesmo que lúdica) também pode servir para determinar como o uso da internet por determinados indivíduos pode ou não modificar seus padrões de interação social, por exemplo.
Fonte O que eu tenho
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