A menina de 3 anos que motivou a aprovação da Lei da Morte Digna pelo Senado argentino morreu na quinta-feira após o respirador que a mantinha com vida ter sido desligado.
Camila Sánchez morreu no Hospital Centro Gallego, de Buenos Aires, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória não traumática, duas horas após ser desconectada do respirador.
A menina havia nascido em 27 de abril de 2009, com uma hipoxia (baixa taxa de oxigênio no sangue) cerebral, que a impediu de respirar durante o parto. Apesar das tentativas de reanimação, ela entrou em coma.
Aos quatro meses, Camila foi submetida a uma traqueostomia e recebeu o implante de um botão gástrico, com o qual permaneceu até anteontem.
Legislação
O caso de Camila veio a público em outubro de 2011, quando sua mãe enviou uma carta à presidente argentina, Cristina Kirchner, na qual reivindicava uma mudança na legislação para o reconhecimento do direito à morte digna. No documento, ela também denunciava que sua filha era vítima de uma "clara obstinação terapêutica".
A Lei de Morte Digna, aprovada por unanimidade pelo Senado argentino em maio, consagra o direito dos pacientes - ou seus tutores legais, no caso de menores de idade - que sofrem doenças irreversíveis, incuráveis ou em estágio terminal, de decidir voluntariamente a retirada de aparelhos de suporte da vida.
Fonte Estadão
Finalmente um senado de verdade aprovou uma lei correta. Acho que nosso país deveria seguir o exemplo de nossos vizinhos e aprovar leis como esta a fim de diminuir a quantidade de leitos nos hospitais, ao invés de lei que aumentem o seus próprios salários.
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