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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Mães doam útero para filhas inférteis poderem engravidar

AFP
Pesquisa na suécia testa a eficácia e a segurança do transplante de úetro
Suécia registra os primeiros transplantes uterinos do mundo, procedimentos ainda experimentais. Confirmação da gravidez só poderá acontecer em 2014

Duas mulheres suecas receberam úteros novos no último sábado (16), os primeiros transplantes uterinos doados de mãe para filha. O objetivo do experimento é ajudar as receptoras a engravidarem, anunciou o comunicado da Universidade de Gothenburg.

O primeiro transplante de útero realizado com sucesso aconteceu em 2011 na Turquia.

“Uma das mulheres teve o útero removido após um tratamento para o câncer cervical. A outra já nasceu sem útero. As duas pacientes estão na faixa dos 30 anos”, diz o comunicado. "Mais de 10 cirurgiões participaram das operações, que foram realizadas sem quaisquer complicações. As receptoras estão bem, só cansadas por causa da cirurgia”, disse Mats Braennstroem, professor de obstetrícia e ginecologia da universidade e líder da pesquisa.

"As mães que doaram seus úteros já estão andando e devem ir para casa dentro de alguns dias", acrescentou Braennstroem. Durante a coletiva de imprensa, o médico afirmou que as jovens vão precisar esperar um ano antes de tentar engravidar.

Ainda segundo o líder da pesquisa, só então elas serão submetidas à fertilização in-Vitro feita por meio de embriões congelados, inseminados em nos óvulos das pacientes. Este procedimento já foi feito antes do transplante de útero.

"Por isso, nós só vamos realmente saber se a técnica foi bem-sucedida e resultou em gravidez em2014”, acrescentou Braennstroem.

O obstetra não quis especular quais são as chances destas mulheres engravidarem, mas observou que, em tratamentos de fertilização in vitro regulares, a probabilidade de gestação após a transferência de embriões é entre 25 e 30%. Braennstroem disse que os úteros transplantados serão removidos das pacientes após as mulheres terem até dois filhos. “Assim, elas poderão parar de tomar a medicação imunossupressora que ajuda o organismo a não rejeitar o transplante.”

Michael Olausson, outro médico que participou da pesquisa, disse que eles contam com o mesmo índice de rejeição registrado em transplantes de outros órgãos que é de 20%.

Os nomes das mulheres não foram revelados e elas foram selecionadas para o procedimento depois de enfrentarem uma demorada maratona de exames, que garantissem a fertilidade e a saúde delas e dos companheiros.

As mães foram utilizadas como doadoras por causa da "vantagem teórica de um parente próximo ser um doador compatível”, disse Olausson e também "porque o útero tinha provado a funcionalidade em ser capaz de ter um filho", compementou Braennstroem

Nos próximos meses, outras oito mulheres devem ser submetidas ao transplante de útero.Braennstroem salientou o procedimento é destino a ajudar jovens que nasceram sem útero ou perderam o órgão ainda jovens em razão de doenças. O objetivo não é contemplar as mulheres mais velhas que já passaram da idade fértil. Todos as candidatas para o transplante na Suécia estão na faixa dos 30 anos ou mais jovens.

A equipe de pesquisa trabalha no projeto desde 1999. A realização de transplantes de útero já é bem sucedida em animais. Transplantes uterinos, no entanto, são vistos com ressalvas, porque envolvem doadores vivos. Inicialmente, o estudo foi barrado pelo Conselho Ético da Suécia. O sinal verde para os estudos avançarem só foi dado quando o conselho montou uma comissão para acompanhar de perto o projeto.

Fonte iG

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