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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Menopausa precoce pode atrapalhar planos de aumentar a família

Há fortes indícios de tratar-se de problema genético que atinge uma em cada 100 mulheres

A ciência ainda não sabe ao certo, mas há fortes indícios de que a menopausa precoce — ou insuficiência ovariana primária — é um problema genético que atinge uma em cada 100 mulheres. Enquanto a maior parte do público feminino chega à menopausa por volta dos 50 anos de idade, esse grupo começa a apresentar falhas no ciclo menstrual antes mesmo dos 40 anos.

Como muitas mulheres têm adiado os planos de formar ou aumentar a família por causa da carreira, é cada vez mais comum se depararem com esse problema pela frente e terem de recorrer a um especialista em medicina reprodutiva. Entre 5% e 10% delas atingem seu objetivo.

De acordo com o doutor Assumpto Iaconelli, diretor do Fertility Centro de Fertilização Assistida, em São Paulo, mulheres com mais de 35 anos que desejam ter filhos devem consultar um especialista para avaliar sua fertilidade o quanto antes, buscando tratamento quando necessário.

— Quando a pessoa tem 20 anos, as chances de não engravidar depois de um ano de tentativas é de 5%. Essa taxa aumenta para 30% ou mais a partir dos 35 anos. Já em pacientes com insuficiência ovariana primária, pode chegar a 80% ou 90%. Daí a importância de avaliar sem demora a reserva ovariana para checar se há óvulos disponíveis para dar início a um tratamento de fertilização assistida — afirma.

O exame de reserva ovariana também contribui para individualizar o tratamento e adotar um protocolo com mais chances de sucesso.

— Atualmente, a dosagem de hormônio antimulleriano (AMH) e a contagem de folículos antrais (CFA) são os melhores preditores da reserva ovariana. A contagem já é realizada durante o ultrassom pélvico basal e é, sem dúvida, de grande utilidade, pela facilidade de realização e boa acurácia — diz Iaconelli.

Com o aumento do nível educacional e a maior participação feminina no mercado de trabalho, já houve aumento significativo na incidência de infertilidade relacionada à idade reprodutiva da mulher.

— Os casais, de modo geral, deveriam considerar alguns fatores importantes antes de adiar os planos de ter filhos. A drástica diminuição da fertilidade é um deles. Outro é a incidência de problemas relacionados ao aparelho reprodutor feminino, como a menopausa precoce, por exemplo, que podem dificultar ainda mais uma gravidez. No caso da insuficiência ovariana primária, a paciente precisa receber inclusive um acompanhamento médico para evitar outros desdobramentos, como osteoporose, doenças endócrinas e cardiovasculares, devido ao baixo nível de estrogênio — alerta o especialista.

Fonte Zero Hora

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