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quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Nanotecnologia protege antirretroviral de ataques do suco gástrico do estômago

Equipe cria estratégia para proteger medicamento para tratar Aids de ácidos do estômago antes de absorvição no organismo

Tecnologia desenvolvida no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em São Paulo, com o auxílio da nanotecnologia, vai ajudar na encapsulação de princípios ativos de medicamentos para o tratamento da AIDS empregando a técnica de spray drying, (secagem por aspersão).

O maior problema enfrentado pelos ativos dos medicamentos para chegar ao intestino e finalmente ser absorvidos pelo organismo é o ' ataque' feito pelo suco gástrico do estômago. Segundo o engenheiro químico Adriano Marim de Oliveira, pesquisador do Centro de Tecnologia de Processos e Produtos e responsável pelo projeto no IPT, " o esperado é o paciente ingerir o medicamento e os ativos serem absorvidos no intestino, chegando à corrente sanguínea e às regiões afetadas. Porém, a presença de ácido no suco gástrico do estômago acaba por degradar parte deles e impedir a chegada em sua totalidade ao intestino" , explicou Oliveira.

Uma das saídas empregadas pela indústria farmacêutica é a adição de uma solução tampão na composição do medicamento a fim de minimizar a variação do valor do pH no estômago, mas ela aumenta o tamanho dos comprimidos e dificulta a sua ingestão.

Absorvição
De modo a auxiliar a solucionar o problema, o projeto do IPT está estudando o uso de polímeros ' inteligentes' , que são sensíveis às variações de acidez e alcalinidade, para encapsular o ativo antirretroviral, produzindo nanopartículas com o auxílio do nanospray dryer e concentrando a sua absorção exclusivamente no intestino.

Os ensaios para o projeto, iniciado em maio de 2011 e com previsão de conclusão no próximo mês de outubro, tiveram início com estudos em placebo e a compreensão das condições de funcionamento do nanospray dryer.

Seis materiais poliméricos sensíveis a variações de pH foram testados para geração e encapsulação das nanopartículas, entre polímeros naturais (goma arábica, carboximetilcelulose e alginato) e sintéticos da família dos acrilatos, todos comumente empregados na indústria farmacêutica.

Concluída a etapa de ensaios em placebo, os testes se voltaram ao uso de um ativo modelo, que funcionou como um substituto às matérias-primas originais de alto custo usadas no tratamento da doença.

Os pesquisadores optaram pela encapsulação de uma vitamina do complexo B solúvel em água, de características similares à do ativo antirretroviral, com fácil manipulação e sem riscos de toxicidade. Ensaios foram executados para quantificar a liberação controlada da vitamina em relação ao controle de pH.

Fonte isaude.net

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