Uma nova ferramenta desenvolvida por cientistas do The Methodist Hospital, nos EUA, permite separar células causadoras de tumor de células mais benignas.
O aparelho separa as células cancerosas rígidas, que são menos propensas a desenvolver tumores, das células flexíveis, que são mais propensas a metástase.
A equipe trabalhou com pesquisadores da Universidade do Texas para testar o dispositivo em diferentes tipos de células cancerosas.
Os resultados confirmaram a hipótese de que a flexibilidade da célula indica um maior potencial para formação de tumores. A maioria das células normais contém um citoesqueleto desenvolvido, ou seja, uma rede de proteínas pequenas, mas fortes, em forma de bastonete que dão forma e estrutura às células. No momento da divisão, as células cancerosas podem se desviar do curso normal e não desenvolver um citoesqueleto, permitindo uma maior flexibilidade.
"Nós criamos muitos caminhos para as células ultrapassarem as barreiras. A taxa de transferência do aparelho é de milhões de células. Quando um bloco de celas rígidas bloqueia um ponto da barreira em particular, muitos outros irão permitir que as células flexíveis passem", explica o pesquisador Lidong Qin.
As células-tronco cancerosas são conhecidas por serem mais flexíveis que outras células cancerosas. A equipe de cientistas mostrou que as células flexíveis separadas pelo dispositivo exibiram padrões genéticos consistentes com células-tronco cancerosas.
"Trabalhos anteriores mostraram que presença de células-tronco do câncer significa um pior prognóstico para os pacientes. No entanto, elas não são tipicamente quantificadas pelos médicos", observa a coautora Jenny Chang.
A análise posterior da equipe mostrou que as células flexíveis foram menos propensas a expressar genes do citoesqueleto e mais propensas a expressar os genes de mobilidade que podem contribuir para a metástase.
Através de testes para a presença de células metastáticas, o médico pode ser capaz de determinar se o tratamento do câncer foi bem sucedido, ou a probabilidade da doença se espalhar.
Segundo os pesquisadores, até agora, não houve uma maneira rápida e confiável de separar e identificar as células com maior potencial tumoral a partir de uma biópsia.
As células separadas pelo dispositivo Mechanical Separation Chip, or MS-Chip podem ser facilmente recolhidas e estudadas. O padrão atual para a separação de células, citometria de fluxo, é relativamente lento e depende de biomarcadores da superfície celular.
"Nossa separação microfluídica de células via MS-Chip fornece um método de alto rendimento que pode particularmente ordenar células por diferentes níveis de rigidez, o que abre um novo caminho para estudar a biologia celular e molecular", afirma Qin.
Fonte isaude.net
Nenhum comentário:
Postar um comentário