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sábado, 22 de dezembro de 2012

Produtos químicos encontrados em carnes grelhadas aumentam risco de doenças

Proteínas glicosiladas ativam amadurecimento das células imaturas de gordura e contribuem para doenças ligadas ao envelhecimento
 
Produtos químicos encontrados em carnes grelhadas e fritas podem aumentar a capacidade do corpo de acumular novas células de gordura e elevar o risco de doenças relacionadas ao envelhecimento, de acordo com estudo da Universidade de Purdue, nos EUA.
 
Com o tempo, o corpo humano elimina a capacidade de células jovens de gordura de amadurecer e acumular lipídios. Mas grelhar ou fritar carnes cria proteínas glicosiladas, que resultam da ligação entre proteínas e açúcar.
 
A pesquisa revela que os produtos químicos criados por alguns métodos de preparação podem permitir que as células de gordura imaturas sobrevivam e acumulem lipídeos, bloqueando de um processo celular que normalmente mata as células.
 
"Quando você coloca proteínas e açúcares em conjunto em altas temperaturas há uma reação química, que cria sabor e textura. O estudo sugere que estas proteínas glicosiladas estão envolvidas em doenças relacionadas com a idade, tais como a doença cardiovascular", afirma o pesquisador Kee-Hong Kim.
 
A pesquisa foi publicada no Journal of Biological Chemistry.
 
Kim e seus colegas decidiram investigar se as proteínas glicosiladas afetam a velocidade com que as células de gordura imaturas se transformam em células adiposas maduras.
 
Usando cultura de células, eles não viram nenhuma mudança na rapidez com que essas células imaturas amadurecem, mas notaram outra variação. "Animais mais velhos geralmente não acumulam novas células de gordura. Essas células precursoras perdem a capacidade de tornarem-se maduras à medida que envelhecemos. Mas, quando expostas às proteínas glicosiladas, as células de gordura imaturas começaram a se diferenciar e acumular lipídios, como se estivessem em um animal jovem", explica Kim.
 
Segundo Kim, quando nós consumimos continuamente proteínas glicosiladas podemos ativar a capacidade de células precursoras de amadurecer.
 
Os pesquisadores descobriram que subprodutos de proteínas interferem com os processos celulares que deveriam matar células de gordura imaturas em animais mais velhos. Isso significa que esses animais, ou pessoas, podem acumular mais células de gordura do que deveriam, e essas células armazenam compostos que podem levar a inflamação e certos tipos de doenças.
 
"É muito interessante que um componente único alimentar possa contribuir para uma série de doenças. Isso pode levar as pessoas a pensar sobre a preparação de alimentos e opções de dieta", afirma a pesquisadora Chih-Yu Chen.
 
"As proteínas glicosiladas não são imediatamente tóxicas, mas com a exposição por um longo período de tempo, algumas porções dos materiais acumulam-se nas células ou tecidos, o que contribui para a inflamação e estresse oxidativo", conclui Kim.
 
A equipe agora pretende confirmar suas descobertas em um modelo animal.
 
Fonte isaude.net

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