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sábado, 22 de dezembro de 2012

Neuropróteses estão mais próximas de clínicas

No futuro, pessoas paralisadas poderão usar aparelhos controlados pelo cérebro para se movimentar
 
O avanço das tecnologias de interface cérebro-máquina foi um dos destaques escolhidos pela revista Science para 2012, em função, principalmente, de um trabalho publicado há apenas alguns dias na revista médica Lancet.
 
Nele, pesquisadores da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, descrevem os resultados preliminares de um experimento clínico em que uma mulher tetraplégica de 52 anos foi capaz de controlar os movimentos de um braço robótico avançado apenas com o cérebro.
 
Não é a primeira vez que se demonstra isso. O diferencial do trabalho está na destreza com que a mulher foi capaz de comandar o braço robótico e na velocidade com que ela aprendeu a fazer isso.
 
Assim como na tecnologia robótica da prótese, que imita as articulações reais humanas com grande afinidade.
 
Ao longo de 13 semanas de treinamento, a mulher aprendeu a executar uma série de movimentos complexos e refinados o suficiente para segurar e movimentar objetos próximos a ela com o braço robótico.
 
Vítima de uma doença chamada degeneração espinocerebelar, ela não consegue mover o corpo abaixo do pescoço. O controle do braço robótico é feito por meio de eletrodos implantados no seu cérebro e conectados a um computador, que traduz seus comandos cerebrais em comandos digitais e os transmite para a prótese.
 
São resultados experimentais, com um único paciente, mas que, segundo a Science, colocam a tecnologia de interface cérebro-máquina mais próxima de uma aplicação clínica.
 
A ideia é que, no futuro, pessoas paralisadas por lesões ou doenças poderão usar aparatos robóticos controlados pelo cérebro para se movimentar ou executar tarefas simples do dia a dia.
 
O texto da revista menciona também o trabalho do neurocientista Miguel Nicolelis, da Universidade Duke, que em 2011 publicou um trabalho na Nature mostrando que é possível, também, enviar informações sensoriais dos robôs de volta para o cérebro.
 
Por exemplo, sobre a textura de um objeto tocado pela prótese. O trabalho, neste caso, foi feito com macacos, tocando objetos virtuais.
 
Fonte R7

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