O refluxo, doença que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, pode aumentar o risco dos pacientes desenvolverem câncer no esôfago.
O estudo foi realizado pelo Hospital A.C. Camargo, em São Paulo, com 120 doentes que apresentaram câncer de esôfago e, dentre estes, 40% sofriam de refluxo. Os médicos concluíram ainda que conforme a intensidade e o tempo de duração da doença mais aumentam o risco de tumor.
Apesar de muitos acreditarem que somente em bebês ocorre o refluxo, nas pessoas com mais de 50 anos de idade a doença, causada pelo retorno do conteúdo alimentar presente no estômago ou do duodeno para o esôfago, chamado de refluxo gastroesofágico, é bastante comum e diagnosticada.
Um dado também observado pelos gastroenterologistas do hospital paulista é que o câncer esofágico está mais presente entre os homens, sendo o sexto tipo de câncer que mais mata no sexo masculino e o oitavo entre as mulheres.
O refluxo gastroesofágico, além de provocar câncer, é o principal motivo de esofagite, ou seja, é o que provoca a inflamação da mucosa que recobre o interior do esôfago. E após anos de contato das enzimas digestivas, do material ácido proveniente do refluxo com a parede do esôfago, o órgão passa a apresentar lesões e tecidos parecidos com o do estômago. As células danificadas pelo processo se modificam e podem se tornar cancerígenas.
Os médicos alertam que cuidados básicos com a alimentação podem ser adotados por qualquer pessoa para prevenir doenças do aparelho gástrico, como evitar beber café, refrigerantes, bebidas gasosas e alcoólicas e chás, não comer condimentos exageradamente, molhos principalmente, os preparados com tomate, não restringir o dia a se alimentar com uma única refeição e não dormir logo após comer, além de manter o peso equilibrado. Mas, aos primeiros sintomas, azia, anemia, perda de peso, vômitos e dificuldade de engolir, procure um médico especialista.
Fonte Corposaun
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