Química sintética pode transformar células progenitoras em células cardíacas |
Cientistas da Vienna University of Technology, na Áustria, desenvolveram substâncias que permitem criar células cardíacas totalmente funcionais em laboratório.
A descoberta pode abrir a porta para um novo tipo de medicina regenerativa.
Células-tronco embrionárias podem se desenvolver em qualquer tipo de tecido. As células-tronco adultas podem também se transformar em diferentes tipos de células, mas o seu potencial de diferenciação é significativamente reduzido.
Os mecanismos que influenciam a diferenciação de células-tronco em tecidos ainda estão longe de serem compreendidos. No entanto, o grupo de pesquisa, liderado por Marko Mihovilovic, conseguiu sintetizar substâncias que controlam o processo de diferenciação. Células progenitoras podem ser transformadas em células do coração, que eventualmente começam a bater na placa de Petri.
Várias substâncias são conhecidas por influenciar o desenvolvimento do tecido do coração. A equipe vem sistematicamente sintetizando e testando substâncias com potencial cardiogênico. Os produtos químicos adaptados são então testados em células progenitoras de ratos na Universidade de Medicina de Viena. "Os novos derivados de triazina que estamos usando são muito mais eficientes na transformação de células-tronco em células do coração do que quaisquer outras substâncias já testadas antes", afirma Mihovilovic.
A principal vantagem do método desenvolvido na universidade é a sua flexibilidade. "Nossas estratégias modulares sintéticas são um pouco como jogar com peças de montar. Um elevado grau de complexidade pode ser conseguido através da montagem de blocos de construção muito simples. Muitas variações diferentes das substâncias podem ser produzidas sem a necessidade de desenvolver novos métodos de síntese para cada substância", explicam os pesquisadores.
Agora, o objetivo da equipe é transformar esta ferramenta farmacológica em uma droga farmacêutica para os seres humanos. "É crucial desvendar o modo exato de ação. Queremos saber em nível molecular, como os derivados da triazina influenciam o desenvolvimento das células", conclui o pesquisador.
A pesquisa vai abrir portas para um tipo completamente novo de medicina regenerativa, melhorando a criação de tecidos em laboratório, com o DNA do próprio paciente, de modo que o perigo de rejeição de tecidos seja completamente eliminado.
Fonte isaude.net
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