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terça-feira, 5 de março de 2013

Saiba como funciona o protocolo brasileiro de prevenção ao vírus HIV em recém-nascidos

Em Porto Alegre, prática de seguir o protocolo já permitiu quase erradicar a doença em filhos de mulheres doentes
 
O caso do Mississippi traz nova luz para o tratamento de bebês nascidos com o HIV, mas hoje já existem procedimentos capazes de reduzir para menos de 1% o risco de uma gestante soropositiva legar o vírus ao filho.

O protocolo inclui medicar a mãe durante a gestação e dar o antirretroviral AZT à criança durante quatro a seis semanas. Como o bebê tem contato com o sangue da mãe durante o parto, a droga é usada para prevenir uma infecção. A diferença para o caso norte-americano é que a criança já estava infectada e recebeu um tratamento pesado, com três drogas, que não tinha caráter preventivo.

Nos casos em que o protocolo não é seguido e a mulher não recebe medicação, o índice de infecção dos recém-nascidos chega a 30%. Se a mãe não faz os cuidados profiláticos, mas a criança é medicada após o nascimento, o risco cai para algo entre 10% e 15%. No Brasil, a disseminação dos protocolos mantém os casos abaixo de 2%.

Segundo o infectologista Fabiano Ramos, do Hospital Mãe de Deus, devido à utilização de medicação antirretroviral na mãe durante a gestação e na criança logo após o seu nascimento, a transmissão vertical da doença está praticamente controlada.

— A partir de 48 horas de vida já se usa a medicação. Damos o AZT intravenoso na hora do parto e usamos depois na criança, além de outras medicações por três meses, para evitar infecções oportunistas — explica Ramos.

Em Porto Alegre, a prática de seguir o protocolo já permitiu quase erradicar a doença em filhos de mulheres doentes. Prova disso é que, em 2011, na Capital, não se registrou nenhum caso de transmissão, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde.

No ano passado, o infectologista Carlos Kvitko, recorda que foram menos que cinco casos, todos de crianças nascidas de mulheres que não cumpriram o protocolo, não sabiam da doença ou tiveram descuidos em função de fatores como o uso de drogas, em especial o crack. Kvitko explica ainda que, seguindo o protocolo de prevenção, é possível baixar o risco desta transmissão para um número próximo a zero:

— Para isso, a futura mãe deve saber seu status sorológico. Quando a gestante é identificada soropositiva, são necessários um acompanhamento pré-natal e profilaxia específicos, além de cuidados especiais durante o parto e o aleitamento da criança.

Apesar da transmissão estar sendo reduzida na Capital, o Rio Grande do Sul ainda apresenta o mais alto índice de infecção pelo HIV entre crianças no país. Conforme o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em novembro do ano passado, os gaúchos apresentam uma taxa de 16,5 meninos e meninas abaixo de cinco anos afetados pelo HIV para cada 100 mil habitantes.

Teste rápido de aids na Capital
Pesquisa da Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre mostra que 54% dos casos de aids em mulheres na Capital estão concentrados na faixa etária de 20 a 39 anos (idade fértil), com um crescimento entre jovens e adolescentes com idade de 13 a 20 anos.

Outro dado que chama atenção é que em média 2% das gestantes são HIV positivo. A cada ano são aproximadamente 400 partos de crianças que foram expostos ao HIV na gestação/parto.

Para combater essa realidade, a Semana da Mulher será marcada, na Capital, pela realização de teste rápido para HIV, sífilis e hepatites B e C exclusivamente para elas. A ação ocorre no Largo Glênio Peres, nesta terça-feira, a partir das 9h, com o atendimento de 200 pessoas.

O teste rápido de HIV também estará disponível para a população em todas as unidades de saúde de Porto Alegre e no Centro de Saúde Santa Marta (Rua Capitão Montanha, 27, 5º andar), no turno da manhã. O atendimento será realizado por profissionais de saúde. O exame necessita de apenas uma gota de sangue e o resultado fica pronto em cerca de 15 minutos.

Serviço

O que:
teste rápido de aids

Onde: Largo Glênio Peres

Quando: terça-feira, a partir das 9h

Saiba mais: Secretaria Municipal da Saúde: (51) 3289 -2899
 
Fonte Zero Hora

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