Adoçante artificial pode modificar a forma como o corpo lida com o açúcar |
Adoçantes artificiais podem modificar a forma como o corpo lida com o açúcar. É o que revela estudo de pesquisadores da Washington University School of Medicine, nos EUA. Resultados indicam que produtos aumentam produção de insulina no corpo em 20% e podem causar diabetes.
A equipe, liderada por Yanina Pepino, estudou pessoas com um índice de massa corporal (IMC) médio de pouco mais de 42, uma pessoa é considerada obesa quando o IMC chega a 30.
Os pesquisadores deram aos indivíduos água ou sucralose para beber antes que eles consumissem um teste de glicose. A dosagem de glicose é muito semelhante ao que uma pessoa pode receber como parte de um teste de tolerância à glicose.
Os pesquisadores queriam saber se a combinação de sucralose e glicose afetaria a insulina e os níveis de açúcar no sangue. "Queríamos estudar esta população, pois esses adoçantes são frequentemente recomendados para eles como uma forma de tornar sua dieta mais saudável, limitando a ingestão de calorias", explica Pepino.
Cada participante foi testado duas vezes. Aqueles que beberam água seguida de glicose em uma visita consumiram sucralose seguida de glicose no teste seguinte. Deste modo, cada participante serviu como o seu próprio grupo de controle.
"Quando os participantes do estudo beberam sucralose, o açúcar no sangue chegou a um nível superior do que quando beberam apenas água antes de consumir glicose. Os níveis de insulina também subiram cerca de 20%. Assim, o edulcorante artificial foi relacionado com níveis mais altos de insulina no sangue e maior resposta da glicose", observa Pepino.
Segundo os pesquisadores, a resposta elevada de insulina pode ser uma coisa boa, porque mostra que a pessoa é capaz de produzir insulina suficiente para lidar com níveis altos de glicose. Mas também pode ser ruim, porque quando as pessoas secretar mais insulina rotineiramente, elas podem tornar-se resistentes aos seus efeitos, o que pode levar ao diabetes tipo 2.
A equipe acredita que a pesquisa pode ajudar a explicar como os adoçantes podem afetar o metabolismo, mesmo em doses muito baixas. "Nossos resultados indicam que este adoçante artificial não é inerte, que tem um efeito. E nós precisamos fazer de mais estudos para determinar se esta observação significa que o uso a longo prazo pode ser prejudicial", conclui Pepino.
Fonte isaude.net
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