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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Preservação ovariana evita riscos na gravidez em idade avançada

Preservação ovariana evita riscos na gravidez em idade avançada Hermínio Nunes/Agencia RBS
Foto: Hermínio Nunes / Agencia RBS
A mulher pode manter sua função hormonal ovariana,
sexual, afetiva e opção de escolha do momento da maternidade
 preservando seus óvulos por tratamento de reprodução assistida
O tratamento é indicado para mulheres que não podem conceber o filho até os 35 anos
 
A gravidez tardia pode complicar a saúde das gestantes e impedir o nascimento saudável do bebê. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a partir dos 35 anos de idade a mulher é considerada 'idosa' – ou em idade avançada – para ter filhos. Neste contexto, a preservação ovariana aparece como alternativa de processo de gestação mais adequado.

O médico Wagner Busato explica que a idade-limite de 35 anos é estabelecida com base em riscos epidemiológicos de eventos adversos para a mãe e para o bebê. Há maior risco de pré-eclâmpsia (hipertensão induzida pela gravidez), diabetes gestacional, anemia, necessidade de intervenção cirúrgica e hemorragia durante o parto. Os riscos são maiores também para a prematuridade, recém-nascido de baixo peso (menos de 2.500 g) e anomalias congênitas.

— Por meio da reprodução assistida, as chances de sucesso no resultado final giram em torno de 42%, entre 36 a 40 anos, e caem para 27% após essa idade devido à menor qualidade embrionária que resulta em menor taxa de implantação. Porém, as taxas de abortamento espontâneo também são mais altas, chegando a mais que 15% e reduzindo de 30 a 12% as taxas de 'bebê em casa' — esclarece o especialista.

Preservação ovariana
Uma das formas mais efetivas de 'driblar' a gravidez tardia é a preservação ovariana. O tratamento é indicado para mulheres que não podem conceber o filho até os 35 anos. Seja por problemas sociais, profissionais, conjugais, de saúde ou até por opção, elas podem congelar seus óvulos e preservá-los para uma ocasião mais oportuna, sem os riscos inerentes à idade avançada. Os óvulos, espermatozoides, tecido germinativo (ovariano ou testicular) e embriões poderão manter-se preservados por até cinco anos – os casos de exceção são julgados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

— A mulher pode manter sua função hormonal ovariana, sexual, afetiva e opção de escolha do momento da maternidade preservando seus óvulos por tratamento de reprodução assistida (criopreservação). A preservação é indicada também para pacientes que serão submetidas a tratamentos de risco para esta reserva ovariana, como quimioterapia e radioterapia ou cirurgias pélvicas oncológicas extensas — diz Wagner.

Novas regras
A nova Legislação, elaborada pelo Conselho Federal de Medicina, proíbe a doação de óvulos por mulheres acima de 35 anos – embora permita o recebimento de óvulos por mulheres de até 50 anos – e a interrupção da gestação ou a redução embrionária após o tratamento de reprodução assistida. As normas também fixam o número de embriões a serem transferidos de acordo com a idade da mulher: até dois embriões para mulheres até 35 anos, até três entre 36 e 40 anos e até quatro embriões para mulheres após 40 anos.

Fonte Diário Catarinense

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