Igor Mota/FuturaPress/EstadãoConteúdo Nesta quarta-feira (3), médicos protestaram contra vinda de estrangeiros |
Médicos estrangeiros recrutados no programa que o Ministério da Saúde lançou na segunda-feira (1º) começam a trabalhar em setembro nos municípios brasileiros. Documento preliminar ao qual a reportagem teve acesso mostra que os profissionais selecionados no edital de chamamento deverão desembarcar no País em agosto e, dias depois, serão encaminhados para o processo de capacitação, com duração prevista de três semanas.
O projeto prevê que, na primeira etapa de agosto, serão convocados profissionais procedentes da Espanha e de Portugal. Na segunda fase, programada para outubro, começam a chegar profissionais procedentes de Cuba. Na terceira fase, inicialmente prevista para novembro, viriam médicos de outros países.
A estimativa é de que, neste ano, cheguem 4.000 profissionais estrangeiros para trabalhar nos serviços públicos de saúde municipais.
Em três anos, o governo prevê que 10 mil médicos formados no exterior cheguem ao País.
Protesto dos médicos
Na última quarta-feira (3), médicos, residentes e estudantes de medicina paralisaram as atividades em todo o País com o objetivo é mobilizar e chamar a atenção da população para a importação de médicos estrangeiros — de Cuba e outros países — sem a revalidação de diploma, o baixo investimento na saúde pública e incentivo na carreira.
Segundo o vice-presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Emmanuel Fortes, a principal reivindicação dos profissionais é que o governo federal “respeite as regras” para se trazer os médicos estrangeiros. O governo quer trazer ao Brasil já neste ano profissionais cubanos para atuarem na rede pública de saúde. A medida faz parte do Pacto da Saúde.
— É necessário avaliar a capacidade deles, não só por respeito às regras que nós mesmos escrevemos, como também pela segurança da população. Além disso, há outras demandas. A falta de infraestrutura na saúde está no inconsciente do povo. Foi essa a reivindicação que esteve presente na grande maioria dos protestos. Faz sentido o que o povo está reclamado. A questão não é a falta de médico, mas a falta de infraestrutura e remuneração dos serviços.
Segundo o vice-presidente do CFM (Conselho Federal de Medicina), Emmanuel Fortes, a principal reivindicação dos profissionais é que o governo federal “respeite as regras” para se trazer os médicos estrangeiros. O governo quer trazer ao Brasil já neste ano profissionais cubanos para atuarem na rede pública de saúde. A medida faz parte do Pacto da Saúde.
— É necessário avaliar a capacidade deles, não só por respeito às regras que nós mesmos escrevemos, como também pela segurança da população. Além disso, há outras demandas. A falta de infraestrutura na saúde está no inconsciente do povo. Foi essa a reivindicação que esteve presente na grande maioria dos protestos. Faz sentido o que o povo está reclamado. A questão não é a falta de médico, mas a falta de infraestrutura e remuneração dos serviços.
"Importação de médicos"
O edital de chamamento de médicos dará prioridade aos médicos brasileiros, mas as vagas que não forem ocupadas serão destinadas a médicos de outros países, de acordo com o governo federal. A medida faz parte do Pacto da Saúde, assinado entre a presidente, Dilma Rousseff, e governadores na segunda-feira (24).Para Alexandre Padilha, a medida é a mais acertada, no momento, para atender à carência de médicos.
Fonte R7
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