Brasília - A Associação Médica Brasileira (AMB) diz que abrir mão do segundo ciclo - dois anos a mais na graduação de
medicina propostos pelo Programa Mais Médicos - mostra "o grau de improvisação
do governo". A AMB voltou a criticar o programa após o governo
apresentar uma proposta que mantém o curso de medicina com seis anos e torna
obrigatória a residência médica no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de
2018.
Segundo o diretor da Associação Médica Brasileira (AMB), José Bonamigo, as
entidades médicas - Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional de
Medicina (Fenam) e Associação Nacional dos Médicos Residentes (ANMR) - decidiram
em reunião em São Paulo que não dialogarão com o governo até que a Medida
Provisória (MP) 621/2013, que cria o programa, seja derrubada no Congresso
Nacional.
"Não há condições para ampliar nem a residência médica [para atender a todos
os formandos - hoje apenas 50% conseguem vaga], nem as faculdades de medicina na
velocidade que o governo quer", diz Bonamigo.
Na outra ponta, a do ensino, as instituições de ensino particulares receberam
a notícia da residência com otimismo, com isso, o curso continua com seis anos.
Segundo o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, a
residência obrigatória no SUS é positiva "desde que seja proporcionado o
ambiente adequado para a prática", diz o assessor do fórum, Solon Caldas.
Caldas critica, no entanto, a obrigatoriedade. "A residência no SUS deve ser
opção do aluno". De acordo com o assessor, a maioria dos alunos busca uma
especialização, mas nem sempre no SUS.
Fonte Agência Brasil
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