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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

UPAs construídas com recursos federais garantem atendimento de qualidade

Criadas para funcionar como um intermediário entre os postos de saúde e os hospitais, as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) construídas com recursos federais têm garantido atendimento de qualidade à população. O Ministério da Saúde está disponibilizando R$ 1,4 bilhão para obras de construção, reforma e ampliação de 877 unidades e vai repassar até o próximo ano mais R$ 630 milhões para criação de 225 novas UPAs.

UPA Monteiro (PB)
O município de Monteiro, na Paraíba, recebeu R$ 2,6 milhões do Ministério da Saúde para construir uma UPA. O espaço conta, diariamente, com uma equipe formada por um clínico geral, um pediatra, um assistente social, três enfermeiros, um bioquímico e cinco técnicos de enfermagem. O estabelecimento possui dois consultórios médicos e uma área de observação com três leitos para pediatria, seis leitos para clínica médica e dois leitos de atendimento de emergência. Também são oferecidos exames de raios-X, eletrocardiograma e exames laboratoriais.
 
A prefeitura de Monteiro estima em 61 mil a quantidade total de pessoas beneficiadas pela UPA – somados os mais de 30 mil habitantes do município com os pacientes vindos das cidades paraibanas de Zabelê, São Sebastião de Umbuzeiro, Camalaú, São João do Tigre, Prata e Ouro Velho. Segundo a coordenação da unidade, o número de pacientes atendidos por dia fica em torno de 140 durante a semana, e 180, no fim de semana.
 
A família do profissional autônomo Nelson Jekerson do Nascimento, 25 anos, faz parte dessa estatística. “Eu já fui atendido porque tive pressão alta. Minha mãe passou mal também e a atenderam muito rápido. Coisa de 10, 15 segundos, ela já estava sendo examinada”, conta Nascimento.  O autônomo lembra que, antes da inauguração da UPA, em 28 de junho de 2012, precisava se deslocar até o hospital de Monteiro ou se dirigir a outro município, como Campina Grande. “Chegava gente de muitas cidades nos hospitais e aí não tinha médico pra todo mundo”, relata.
 
De acordo com Nascimento, na unidade de saúde do município onde vive o atendimento é mais rápido e o encaminhamento para especialistas também. “Uma vez eu precisei de cardiologista, porque estava com aceleramento no coração. Fui atendido na UPA numa semana e na outra já me consultei com o especialista no hospital”, diz.

UPA São Bernardo do Campo (SP)
Já no município de São Bernardo do Campo, que tem uma população 24 vezes maior do que a de Monteiro, há nove Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Todas possuem consultórios de clínica médica e pediatria, laboratório de análises e salas de medicação e nebulização, além de leitos de observação para adultos e crianças e uma “sala vermelha”, dotada com equipamentos de UTI para a estabilização dos pacientes mais graves. As UPAs também estão preparadas para realizar pequenas suturas e realizar exames radiológicos e eletrocardiogramas, possuem farmácias 24 horas para distribuição gratuita de medicamentos aos pacientes e contam com uma base do SAMU 192 em período integral.
 
Das nove unidades, apenas uma foi construída em alvenaria. As outras foram erguidas usando o sistema de construção modular, com painéis isotérmicos, capazes de vedar com maior eficiência os ruídos externos e manter estável a temperatura. É o caso da UPA Paulicéia/Taboão, inaugurada em 11 de agosto de 2011 após um repasse de R$ 2 milhões do Ministério da Saúde. Segundo o comerciante José Fernandes Pinheiro, 49 anos, essa unidade melhorou muito a vida dos moradores do bairro. “Antes, se eu precisasse fazer raio-x ou alguns exames laboratoriais, tinha que ir para o hospital ou pra outro bairro. Com a UPA, isso mudou”, comemora.
 
Para ele, a maior vantagem de ter uma unidade de saúde perto de onde mora é a possibilidade de usar melhor o tempo. “Ter que se deslocar até outro lugar pra fazer um raio-x faz você perder cinco, seis horas. Na UPA, a radiografia sai em seguida. O exame fica pronto em duas, três horas. Essa transformação na saúde foi muito boa”.
 
De acordo com Pinheiro, há apenas duas situações que precisam de melhoria. “Um problema é a falta de médicos, que faz com que os pacientes se aglomerem e a gente espere mais tempo na fila para ser atendido. O outro é que, às vezes, o médico da UPA te indica para uma especialidade que é muito demorada. A reclamação geral quando converso com as pessoas nas unidades de saúde é essa demora para se consultar com um cardiologista, por exemplo.”
 
Para resolver essas questões, o Ministério da Saúde lançou o programa Mais Médicos, que apresenta uma série de medidas para ampliar o número destes profissionais em todo o país e aumentar a quantidade de especialistas. Entre elas, a criação de mais de 12 mil novas vagas de residência médica até 2017 – dessas, quatro mil serão abertas até 2015. A área de cardiologia é um dos focos da ação. Mas o Ministério da Saúde também vai incrementar o número de vagas de residência para outras especialidades onde há carência de profissionais, como pediatria, neurologia, anestesiologia, neurocirurgia, clínica médica e radiologia.
 
Fonte G1

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