Fundados por volta dos anos 40, a Maternidade Pro Matre Paulista e o Hospital e Maternidade Santa Joana, ambos em São Paulo, têm vários pontos em comum. Além de serem referência na saúde da mulher e do neonato, as duas instituições possuem acreditação nacional, são associadas ao Instituto Vermont Oxford e, desde o ano 2000, têm administração conjunta. Agora, ambas estão se preparando para a obtenção do selo de acreditação da Joint Commission International (JCI).
Coordenador de Qualidade e Segurança das duas instituições, o engenheiro Ricardo Reis, diz que a busca pela acreditação JCI através de seu representante no Brasil, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), vem ao encontro da cultura já implementada em ambos as unidades. “Percebemos que havia padrões diferenciados na acreditação internacional, principalmente no que diz respeito ao envolvimento do médico e em relação ao entendimento da segurança na assistência ser multiprofissional”, comenta. “Estamos em um processo em que o médico conversa com o enfermeiro, o fisioterapeuta, com o nutricionista... tudo pela segurança do paciente”, observa.
Ele revela que apesar dos hospitais já seguirem padrões de qualidade, ainda é necessário fazer adaptações para atender as exigências da JCI/CBA. O coordenador conta que a meta 1 (identificação correta do paciente) das seis Metas Internacionais de Segurança do Paciente ficou melhor redigida e divulgada internamente. A comunicação foi outro ponto melhorado com a preparação para a acreditação. Canais como intranet e canais internos de televisão estão sendo usados para tornar as ferramentas da qualidade mais dinâmicas aos colaboradores. “Todo o nosso gerenciamento de documentos, ferramentas da Qualidade e indicadores estão disponíveis na intranet para qualquer profissional da instituição”, diz Reis.
Para o coordenador, uma valiosa vantagem advinda com a acreditação JCI é poder fazer benchmarking internacional: “Nós temos planejamento de gestão e resultados internos, que estão sendo alinhados aos padrões da JCI. Com a conquista da acreditação, poderemos comparar nossos resultados a de outros hospitais de excelência do mundo todo”. Reis exemplifica dizendo que, no momento, as duas maternidades estão colhendo dados referentes à amamentação, um indicador da biblioteca JCI.
Outras duas medições feitas atualmente dizem respeito à Doença Hipertensiva Específica da Gravidez (DHEG) e o Protocolo de Hemorragia. “Conseguimos levantar o perfil de DHEG no hospital, que atinge 2% dos nossos pacientes. Não sabíamos tão claramente que tínhamos esse perfil aqui. A doença é grave e a mortalidade é alta. Então, os pacientes são encaminhados, com agilidade, dentro do hospital. Estamos agora medindo o tempo entre o atendimento inicial, a detecção da patologia e a resolução dela”, relata Reis.
Cultura de qualidade
"Vou parar para fazer qualidade; vou parar para fazer segurança”. Não é esse pensamento estanque que o coordenador da Qualidade e Segurança da Pro Matre e do Santa Joana quer ver disseminado entre os colaboradores. Ele conta que todo o processo de educação está sendo feito para que todos entendam que o trabalho com qualidade e segurança acontece continuamente. Reis revelou que as instituições estão usando uma ferramenta para pedir justamente essa percepção dos colaboradores. “Nosso objetivo é saber qual a percepção dos colaboradores sobre o trabalho, se ele participa dos treinamentos, se promove ou participa de reuniões sobre a temática. E ainda, qual a percepção dele quanto ao trabalho da gestão hospitalar e se a direção é coerente com o que apregoa”, explica.
Um exemplo de boa cultura já implantada nas duas instituições, segundo o coordenador da Qualidade, diz respeito à relação entre a segurança das instalações e a segurança do paciente.
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Sempre trabalhamos atendendo à legislação nacional. Mas o processo de engajamento para a acreditação nos fez entender que essa questão não pode ser apenas restrita à segurança contra incêndios e nem a uma brigada. Os princípios técnicos básicos contra incêndio foram massificados e, hoje, temos quase 3 mil colaboradores plenamente capacitados para agir em caso de incidente”, analisa. Reis complementa dizendo que toda educação e capacitação são estendidas também aos poucos profissionais terceirizados dos dois hospitais.
O coordenador da Qualidade e Segurança das duas instituições conta que a aprendizagem tem sido positiva e ágil face ao processo para acreditação estar acontecendo concomitantemente, o que só foi possível devido à administração conjunta. Ricardo Reis conta que há uma defasagem entre as etapas de implantação do projeto de três meses. “Quando planejamos a acreditação JCI, entendemos que seria uma aprendizagem grandiosa. Como nossa gestão é compartilhada, iniciamos pela Pro Matre, com o pessoal do Santa Joana participando indiretamente do processo e das auditorias. Então, traçamos metas de melhorias para o Santa Joana aproveitando o aprendizado que tivemos com o que foi desenvolvido na Pro Matre”, complementa.
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