Lembranças podem ser facilmente manipuladas. Isso se aplica a pessoas com capacidade de memória normal ou excepcional, de acordo com um estudo norte-americano publicado na revista científica "PNAS". Foi observado que a manipulação simples já é suficiente.
Uma equipe de psicólogos da Universidade da Califórnia, em Irvine, sob a liderança de Lawrence Patihis, examinou 38 pessoas com capacidade de memória normal e 20 indivíduos com síndrome hipertiméstica (HSAM). Os últimos têm uma memória episódica distinta. Usando diversas tarefas, a memória foi testada nos dois grupos. Durante o processo, informações erradas foram deliberadamente inseridas, a saber, sobre um acidente de avião.
"Descobrimos que as pessoas com memória episódica distinta são igualmente suscetíveis a falsas lembranças em comparação com o grupo controle com memória normal", disseram os pesquisadores.
O mecanismo reconstrutivo pode, assim, ser a fraqueza principal. A mente compila lembranças usando fragmentos de informação, mas novas interpretações podem ser geradas por influência externa e percepções do ideal. Contrariamente ao que sempre se pensou, as pessoas com HSAM não são menos suscetíveis a falsas lembranças.
Os cientistas consideram suas observações como evidências de que lembranças falsas constituem um fenômeno disseminado. "Nossos achados são importantes para os campos de psicologia legal e clínica, principalmente para a avaliação de declarações falsas", enfatizam os autores.
Univadis
Nenhum comentário:
Postar um comentário