Foto: Adriana Franciosi / Agencia RBS |
O mundo passou a fumar menos nos últimos 32 anos. É o que aponta um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica da Associação Médica Americana (JAMA) e que avaliou a prevalência do fumo em 187 países entre os anos de 1980 e 2012.
A taxa mundial de tabagismo entre os homens era de 41% em 1980, mas caiu para 31% em 2012, uma queda de 24%. Entre as mulheres, a prevalência estimada de consumo diário de tabaco era de 10,6% em 1980 e em 2012 este percentual havia caído para 6,2%, o que representa uma queda de 42%.
O estudo, realizado pelo Instituto de Métrica e Avaliação para a Saúde da Universidade de Washington, identificou três fases na redução do tabagismo: um modesto progresso entre 1980 e 1996, uma aceleração nos dez anos seguintes e uma queda mais lentamente 2006 e 2012, com uma aparente alta da fatia de fumantes homens a partir de 2010.
"Esta desaceleração na tendência global (de redução do tabagismo) se deveu, em parte, ao aumento do número de fumantes desde 2006 em muitos grandes países, incluindo Bangladesh, China, Indonésia e Rússia", destacou o estudo.
No Brasil, a pesquisa da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2012, do Ministério da Saúde, registrou queda de 20% na parcela da população brasileira fumante entre 2006 e 2012. Em Porto Alegre, a pesquisa apontou que o número de fumantes reduziu 10%, passando de 20%, em 2006, para 18%, em 2012.
Apesar da queda nas taxas, a pesquisa norte-americana mostra que o aumento da população com mais de 15 anos de idade fez o número absoluto de homens e mulheres que fumam diariamente crescer.
Em todo o mundo, 721 milhões de pessoas fumavam em 1980, índice que aumentou para 967 milhões em 2012. O número de cigarros fumados anualmente também subiu 26% nesses 32 anos. De acordo com o estudo, essa alta é explicada também pelo crescente aumento da popularidade do cigarro em países emergentes como China, Índia e Rússia.
"Uma vez que o cigarro permanece uma ameaça à saúde da população mundial, são necessários esforços intensificados para controlar seu uso", conclui o estudo.
Zero Hora e AFP
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