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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Campanha por sexo seguro no Carnaval distribui 104 milhões de preservativos

Getty Images
No Brasil todo, cerca de 265 mil pessoas já morreram por terem
contraído o vírus HIV
Estimativas indicam que cerca de 718 mil pessoas vivam com Aids no Brasil, sendo que 150 mil desconhecem sua situação
 
Com o slogan “Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha”, o Ministério da Saúde lançou a campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e à Aids. A ideia é que a campanha funcione tanto no Carnaval como em todos os grandes eventos e festas populares, como São João e a Copa do Mundo. 
 
O estímulo ao uso do preservativo durante as festas realizadas anualmente em todo o Brasil é um dos focos da campanha. São dois filmes: o primeiro fala de festas, mas não se restringe ao carnaval e será usado durante todo o ano. Este filme mostra imagens com os principais eventos que irão acontecer nas mais diversas regiões do Brasil, como a Copa do Mundo, o carnaval, festas juninas, parada gay, entre outros. O segundo filme é sobre o personagem Juca, que apresenta situações divertidas para todos os tipos de festas e ocasiões, com enfoque no uso da camisinha.
 
Uma das ações para reforçar a prevenção é a distribuição de preservativos aos estados e municípios. Na primeira remessa deste ano, foram enviados 104 milhões de unidades para atender a demanda até o mês de março. O quantitativo é definido a partir do consumo médio mensal, da capacidade de armazenagem e do estoque do almoxarifado local nos estados. Em 2013, durante todo o ano, o Ministério da Saúde distribuiu 610 milhões de preservativos para todo o país.
 
Tesde de Aids
Além de chamar a atenção para o uso do preservativo, a campanha alerta sobre a importância da testagem. Oferecidos em Unidades Básicas de Saúde, Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), ambulatórios ou em locais como praças, feiras e eventos específicos como festas e shows, os testes fazem a detecção da doença. O diagnóstico precoce é importante para quebrar a cadeia de transmissão do vírus e promover o acompanhamento do paciente, evitando o desenvolvimento da Aids, além de permitir que o paciente inicie o tratamento mais cedo.
 
Cenário brasileiro
A epidemia de Aids no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20 casos a cada 100 mil habitantes, o que representa cerca de 39 mil casos novos da doença ao ano. Estimativas indicam que, atualmente, cerca de 718 mil pessoas vivam com HIV, sendo que 150 mil desconhecem sua situação. O não conhecimento da sorologia é hoje um dos desafios a serem enfrentados no combate à doença no país. Hoje,  cerca de 340 mil pessoas estão em tratamento com medicamentos antirretrovirais, ofertados pelo SUS.
 
O coeficiente de mortalidade pela doença vem caindo nos últimos 10 anos. Em 2003, era de 6,4 casos por cada 100 mil habitantes, caindo para 5,5 por 100 mil habitantes em 2012. Do total de óbitos por Aids no Brasil, até o ano passado, 190.215 (71,6%) ocorreram entre homens e 75.371 (28,4%) entre mulheres.
 
Novo protocolo
O Ministério da Saúde lançou, no final do ano passado, um novo protocolo de tratamento para pessoas com HIV. Uma das principais inovações é possibilitar que o paciente inicie o tratamento logo após a confirmação da presença do vírus no organismo. A medida amplia a qualidade de vida da pessoa em tratamento e reduz a possibilidade de transmissão do vírus. Estudos internacionais apontam que o uso precoce de antirretrovirais diminui em 96% a taxa de transmissão do HIV.
 
O investimento federal no combate à aids e às demais doenças sexualmente transmissíveis chegou a R$ 1,2 bilhão em 2013, dos quais cerca de R$ 770 milhões custeiam a oferta dos medicamentos. Há 10 anos, a verba era quase metade disso: R$ 689 milhões, dos quais R$ 551 milhões usados em tratamento. Além disso, a rede de assistência conta hoje com 518 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), 712 Serviços de Assistência Especializada (SAE) e 724 Unidades de Distribuição de Medicamentos (UDM).

iG

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