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terça-feira, 18 de março de 2014

Saiba como tratar adequadamente as feridas na pele

Curativos promovem a higienização e a drenagem das
secreções das feridas
Lesões podem ser causadas por traumas, acidentes, cirurgias ou doenças
 
Todo mundo já teve e ainda vai ter algum tipo de ferida. Por definição, as feridas são uma interrupção na continuidade da pele. Elas podem ser causadas por traumas, acidentes, cirurgias ou desencadeadas por alguma doença. Podem ser agudas, consideradas mais recentes, superficiais ou de simples tratamento, ou crônicas, com maior dificuldade de cicatrização e reincidência.
 
O enfermeiro especialista Antônio Rangel responde às principais dúvidas sobre as feridas de pele:
 
As feridas podem ser prevenidas?
Depende do tipo de ferida. O tabagismo é exemplo de um fator de risco de feridas que pode ser prevenido, assim como o estado geral do paciente e a desnutrição. Em outros casos, é preciso tratar a doença primária, como diabetes e obesidade. Mas também há as feridas acidentais, causadas por fatores que fogem ao controle.
 
Posso lavar as feridas?
Sim, as feridas podem ser lavadas. Inclusive, a higienização com água e sabão é o primeiro passo para tratamento de lesões acidentais, como cortes e “ralados”. Entretanto, as feridas crônicas não devem ser lavadas durante o banho. No banho, a água fica contaminada com a sujeira do nosso corpo e resquícios da pele, o que pode levar à contaminação. O uso da água ou do soro aquecidos para a limpeza da ferida é recomendado em locais de clima frio (menos em casos de queimaduras). Isso porque o organismo trabalha em temperatura corpórea de 36 graus para manutenção e restabelecimento da integridade da pele. Quando a ferida é resfriada durante o processo de limpeza, o corpo demora mais para entrar na temperatura adequada, retardando as reações químicas relacionadas à cicatrização.
 
Por que devo usar um curativo?
O curativo, como função básica, evita a contaminação da ferida e absorve a secreção. Curativos mais tecnológicos podem ter outras funções como possibilidade de trocas gasosas e drenagem das secreções, promover uma rápida regeneração da pele e manter a área da lesão úmida para proteger terminações nervosas e proporcionar o alívio imediato da dor.
 
Qual o melhor tipo de curativo?
Isso vai ser determinado com o tipo da ferida. Nas mais simples, podem ser feitos curativos com gaze. Para as mais complexas, é necessário consultar um profissional da área da saúde que irá indicar o curativo mais adequado, como também a frequência de troca, os cuidados básicos etc.
 
Como saber se a ferida está curando?
A dor diminui, o tamanho da lesão reduz e você começa a perceber a cicatrização pelo aparecimento do tecido de granulação, que é aquela pele mais dura e avermelhada que se forma na área. Para “sarar”, a ferida passa por três processos: o inflamatório - que é quando se tem a sensação de dor, calor e rubor. Depois, acontece a fase de granulação - no qual acontece a formação do tecido base para a cicatrização e, então, o processo de maturação, que irá reconstituir a pele.
 
E se ela estiver infeccionada, quais os sintomas?
Aumento da dor, calor e rubor ao redor da ferida. Embora sejam sintomas comuns ao processo de cicatrização, se forem excessivos podem ser sinal de infecção. A presença de pus na ferida e a febre também indicam que algo não vai bem.
 
Feridas podem ser sinal de alguma doença?
Sim, diversas doenças podem desencadear feridas na pele, como câncer de pele, diabetes, hanseníase, entre outras.
 
A alimentação e a hidratação do corpo estão relacionadas com as feridas e a cicatrização?
Sim, possuem relação direta. Um organismo saudável e equilibrado se recupera mais rápido. Além disso, a proteína é a responsável pela reconstrução da pele e a vitamina C atua ajudando na formação do colágeno. Dependendo da ferida, exige-se, inclusive, suplementação alimentar.
 
Zero Hora

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