Foto: Reprodução |
Ao todo, foram encontrados 40 corpos de recém-nascidos amontoados ali. O diretor do hospital, Rodolfo Nunes, reconheceu a falha e informou que abrirá sindicância para corrigir os problemas.
O caso foi descoberto por acaso. Uma mulher deu à luz em junho de 2012 um bebê prematuro de 6 meses, e que pesava 800 gramas. Usuária de crack, ela abandonou o menino no hospital. A promotoria da Infância e Juventude foi comunicada, como é de praxe. A criança morreu em agosto e a promotoria enviou ofício, pedindo informações sobre o sepultamento do bebê, para encerrar o caso. Não havia documento, porque o menino continuava no necrotério do hospital.
A promotora Ana Cristina Macedo vistoriou o necrotério. Encontrou 40 corpos de bebês, 15 deles sem identificação nenhuma. "Eram corpos amontoados, mal armazenados. Uma situação estarrecedora, difícil de contar", disse em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
Rodolfo Nunes disse à reportagem que o corpo do bebê havia sido encontrado e seria sepultado. "Há um problema social de as pessoas não buscarem os corpos dos seus filhos que evoluíram mal e vieram a falecer. Não se tem prazo máximo para sepultamento e você pode ter a expectativa de que o familiar vai vir pegar o corpo", afirmou. Além de exigir a identificação dos bebês por DNA, o MP pediu a lista com nome e endereço de todos os pais e cobrou que as crianças recebam "sepultamento digno".
Agência Estado
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