Exercícios e fisioterapia são indicados para o tratamento de incontinência |
A incontinência urinária é um problema muito comum, principalmente
entre os jogadores de futebol. Estudos recentes mostram números
expressivos, por exemplo, em uma pesquisa realizada com 233 atletas da
Universidade do Porto, em Portugal, mostrou que 29% apresentam
incontinência urinária. Um estudo feito na França apontou resultado
semelhante.
De acordo com a ginecologista Andreia Mariane de Deus, algumas
atividades físicas podem ocasionar um sobrecarga no assoalho pélvico que
pressiona a bexiga.
― Algumas atividades físicas podem sobrecarregar o assoalho pélvico,
grupo de músculos que sustenta a parte baixa do abdômen, aumentando o
risco de incontinência urinária e também de prolapso genital, que é a
queda da parede da vagina causada pelo deslocamento dos órgãos pélvicos.
De acordo com a especialista, muitos atletas se acostumam com a perda
da urina e o desconforto na região genital, sem procurar ajuda.
― Não é normal mesmo em estágio leve, pois a incontinência urinária e o
prolapso genital estão associados à perda considerável de qualidade de
vida, piora na autoestima e levar inclusive à depressão. Muitas pessoas
param de se exercitar em consequência do problema.
De acordo com Andreia, é preciso estar atento aos sintomas e consultar
um médico. Já existem técnicas bem avançadas para tratar as duas
doenças.
Tratamentos
De acordo com a ginecologista, exercícios e fisioterapia, geralmente
recomendados para tratamento da incontinência urinária e também do
prolapso genital leve podem não ser tão eficazes em esportistas.
― No caso da incontinência urinária de esforço, a aplicação de malhas e
‘sling’ cirúrgico apresentam uma eficácia superior a 90%. Graças aos
avanços da última década, estes tipos de cirurgias podem, em certos
casos, ser feitas sob anestesia local e em regime de ambulatório.
Já para o prolapso genital, a especialista afirma que as telas para
recuperação do assoalho pélvico representam um dos melhores tratamentos
nos casos de prolapso genital grave.
Para a especialista, a boa notícia é que os procedimentos estão cada vez menos invasivos.
— Já temos tecnologias no Brasil com apenas uma micro incisão, restaurando a anatomia do corpo e melhorando a vida.
R7
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