FDA autorizou uso da droga Keytruda para combater melanoma avançado. Medicamento pode ser utilizado após tratamento com tipo de imunoterapia
A FDA, agência americana que regula o setor de alimentos e remédios,
autorizou nesta quinta-feira (4) o uso de uma nova terapia experimental
imunológica que emprega uma droga chamada Keytruda, voltada ao combate
do melanoma avançado, um agressivo tipo de câncer de pele. A terapia é
destinada a pacientes que não respondem a outros tratamentos.
Também conhecida como pembrolizumab, a droga é a sexta inovação nas
terapias para combater esse letal câncer de pele a ser autorizada pela
FDA desde 2011.
Desenvolvida pela farmacêutica Merck, a Keytruda "é a primeira droga
aprovada para bloquear o componente celular chamado PD-1, que impede o
sistema imunológico de combater as células cancerígenas", disse a FDA em
um comunicado. "A Keytruda pode ser utilizada depois do tratamento com
ipilimumab, um tipo de imunoterapia' existente, acrescentou a nota.
O melanoma, uma forma de tumor muito agressivo nas células responsáveis
pela pigmentação da pele, representa cerca de 5% dos novos casos de
câncer diagnosticados nos Estados Unidos. Todo ano, mais de 76 mil
americanos são diagnosticados com câncer de pele, e cerca de 10 mil
morrem, acrescentou a FDA.
A instituição Aliança para a Pesquisa do Melanoma classificou a
aprovação do medicamento como um "grande avanço" e ressaltou que 69% dos
pacientes tratados com pembrolizumab melhoram depois de um ano. "A
notícia é extremamente emocionante e demonstra o quão longe se chegou
nesse campo nos últimos anos", disse Debra Black, da FDA.
As outras drogas aprovadas pela FDA contra o melanoma incluem
ipilimumab (2011), peginterferon alfa-2b (2011), vemurafenib (2011),
dabrafenib (2013) e trametinib (2013). "A Keytruda foi considerada uma
terapia inovadora e acelerou a revisão da FDA, porque a evidência
clínica preliminar demonstrou que a droga é substancialmente melhor do
que as outras terapias", explicou a FDA.
Tom Stutz é um dos pacientes que participaram do estudo da droga,
desenvolvido na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA). "A
droga salvou minha vida', afirmou Tom, vítima de um melanoma que se
espalhou pelo corpo.
G1
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