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terça-feira, 2 de setembro de 2014

Dia Mundial do Coração: saiba quais exames fazer para prevenir doenças

No próximo dia 27 é comemorado o Dia Mundial do Coração, com o objetivo de conscientizar sobre a importância de realizar exames periódicos

No próximo dia 27 de setembro, o mundo inteiro estará comemorando o Dia Mundial do Coração. A melhor forma de celebrar esse dia é exercer ações conjuntas para diminuir a principal causa de morte nos países ricos e emergentes, que são as doenças cardiovasculares, principalmente as doenças do coração. Entre os principais fatores de risco para doenças cardíacas como infarto do miocárdio e insuficiência cardíaca estão a hipertensão arterial, o diabetes, a dislipidemia, a obesidade, o tabagismo e o sedentarismo.

“Existem diversos exames que diagnosticam as doenças do coração. Mas quais pacientes devem realizá-los é uma decisão que cabe ao médico, que se baseará na história clínica e nos achados de exames clínicos feitos no paciente. Sua decisão vai se fundamentar também nos fatores de risco detectados e nos sinais e sintomas encontrados”, explica o Dr. André Caldas, do Bronstein Medicina Diagnóstica. Para ele, os métodos de diagnóstico em cardiologia evoluíram e se multiplicaram, mas ainda assim não é raro encontrar um paciente que evita determinados exames por medo do desconhecido ou perde noites de sono após informações truncadas de amigos, vizinhos e outros “especialistas em desinformação”.

A seguir, o Dr. André Caldas cita alguns exames solicitados para verificar se a saúde do coração está bem, sabendo que a decisão final de quais exames solicitar, suas indicações e contraindicações, caberá ao médico assistente do paciente. Lembramos que este é apenas um informe sobre alguns exames. Se ainda existir alguma dúvida sobre determinado método, busque mais informações, de preferência com um especialista, antes de realizar o exame.

Eletrocardiograma: são posicionados eletrodos (colados na pele com um tipo de adesivo ou com sucção) no paciente, geralmente um em cada membro e seis no tórax. Serve, principalmente, para avaliar a parte elétrica do coração; algumas vezes, o exame fornece pistas sobre certas doenças. É possível ver o ritmo e a frequência dos batimentos, se existe arritmia ou distúrbio na condução do impulso elétrico, entre outras coisas.

Ecocardiograma transtorácico: é um exame parecido com a ultrassonografia, só que do coração. Nele, o médico coloca um gel na pele do paciente e, com a ajuda de um transdutor, avalia o tamanho do coração, o funcionamento das válvulas cardíacas, como o coração se contrai e relaxa. Também é possível medir a velocidade do sangue e como ele se movimenta através das válvulas. Em resumo, é uma avaliação anatômica e funcional do coração. 

Teste ergométrico: o teste ergométrico ou teste de esforço pode ser feito em esteira ou bicicleta. A ideia desse exame é, com a realização do esforço físico supervisionado, o médico pesquisar a presença de isquemia no coração, o comportamento da pressão arterial e a frequência cardíaca, avaliar arritmias que possam ter alguma correlação com o exercício e a capacidade funcional do paciente. É um dos mais antigos e sensíveis métodos para investigar arritmias induzidas pelo esforço e doenças coronárias, com grande aplicação prática. Vale ressaltar que o exame deve ser realizado em um local adequado e supervisionado por um médico.

Holter 24 horas: nesse exame o coração será monitorado durante 24 horas. São colados eletrodos no tórax da pessoa, semelhante a um eletrocardiograma, que, por sua vez, são conectados a um pequeno monitor portátil. O paciente deve carregar esse monitor por 24 horas e devolvê-lo ao término do exame. Deve manter a rotina do dia a dia, fazer as atividades que geralmente faz e, se possível, reproduzir as ocasiões que provocam os sintomas. A ideia principal é monitorar o ritmo do coração durante 24 horas em busca de arritmias. “Tome banho antes do exame, pois ficará 24 horas com o aparelho sem poder retirá-lo, e anote minuciosamente no diário tudo que fizer durante o dia”, aconselha o especialista. 

MAPA: é um aparelho muito semelhante ao Holter, mas em vez de monitorar o ritmo do coração, avalia a pressão arterial por 24 horas. A diferença é que, em vez de eletrodos no tórax, você ficará com um aparelho de pressão arterial em um dos braços, que insuflará periodicamente, durante 24 horas. Serve em especial para analisar o comportamento da pressão arterial ao longo do dia e, caso você faça uso de remédios para tratamento de hipertensão arterial, avaliar sua eficácia. Também é importante manter a rotina o mais próximo do normal possível. Você também receberá um diário para anotar o que fizer durante o dia.

Cateterismo: o paciente fica deitado em uma sala especial de hemodinâmica. Normalmente é feito pelo braço ou pela perna. A área em torno fica coberta por material estéril para evitar infecções. Pela artéria femoral, radial ou braquial, o médico introduz um cateter até o coração e por ali é injetado contraste, normalmente com iodo. O contraste vai “desenhar” as coronárias por dentro e mostrar qualquer anormalidade no trajeto do sangue com o uso da radioscopia. Pacientes normalmente devem trazer acompanhante para o exame. Pessoas com alergia a iodo ou frutos do mar ou em uso de anticoagulantes, remédios para o coração, hipertensão ou diabetes devem avisar ao médico. 

Tomografia e ressonância do coração: são feitas da mesma forma que para outras partes do corpo, com algumas particularidades, que serão informadas pelo médico realizador do exame. Às vezes, se faz necessário o uso de contraste com iodo (tomografia). Permite avaliar as artérias coronárias, a morfologia e a função do coração, entre outras coisas. A ressonância não permite objetos de metal próximo a ela (marca-passo e prótese, por exemplo), entre outras contraindicações, limitando seu uso em alguns pacientes. Como são métodos recentes, esses exames são indicados em casos específicos, avaliados pelo médico assistente.
Juliana Xavier
Assessoria de Imprensa
juliana@saudeempauta.com.br

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