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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Ingestão exagerada de cafeína deve ser evitada, afirma pesquisa

É o que constata outro trabalho apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, segundo o qual bebidas energéticas (ricas na substância) podem ser letais ao coração
 
Se a relação entre a saúde do coração e o consumo de café é incerta, não restam dúvidas de que a ingestão exagerada de cafeína deve ser evitada. É o que constata outro trabalho apresentado no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia, segundo o qual bebidas energéticas (ricas na substância) podem ser letais ao coração.
 
O grupo liderado por Milou-Daniel Drici, professor de farmacologia clínica da Universidade de Nice Sophia Antipolis, na França, afirma que o consumo contínuo desses produtos pode causar angina (estreitamento das artérias), arritmia cardíaca (batimento irregular) e até mesmo morte súbita.
 
“Cerca de 96% dessas bebidas contêm cafeína igual a dois espressos para uma lata típica de 250ml. A cafeína é um dos mais potentes agonistas dos receptores de rianodina e leva a uma liberação maciça de cálcio dentro das células cardíacas. Isso pode causar arritmias, mas também tem efeitos sobre a capacidade do coração de absorver e usar oxigênio”, detalha Drici.

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Acompanhamento
Ele explica que, em 2008, foi autorizada a comercialização, na França, de bebidas energéticas. No ano seguinte, um sistema nacional de vigilância nutricional exigiu o envio de informações sobre eventos adversos relatados espontaneamente à Anses, agência francesa para a segurança alimentar. O trabalho de Drici analisou os dados colhidos dessa forma entre janeiro de 2009 e novembro de 2012.
 
Durante o período, 257 casos foram notificados à agência, sendo que 212 forneceram informações suficientes para a avaliação da segurança de alimentos e medicamentos. Os especialistas descobriram que 95 dos eventos relacionaram sintomas cardiovasculares, 74 psiquiátricos e 57 neurológicos — às vezes sobrepostos. Paradas cardíacas e mortes súbitas ou inexplicáveis ocorreram pelo menos em oito casos, enquanto 46 pessoas tiveram alterações do ritmo cardíaco, 13 apresentaram angina e três, hipertensão.
 
Correio Braziliense

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