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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Embalagens especiais retardam a deterioração dos alimentos

Elas também avisam ao consumidor sobre a qualidade do produto
 
Maior segurança alimentar, produtos mais saudáveis e com menos conservantes. Quem diria que todas essas demandas do consumidor poderiam ser atendidas a partir da adoção das chamadas embalagens ativas (aquelas que interagem de maneira intencional com o conteúdo para melhorar algumas de suas características) e inteligentes (informam condições do produto acondicionado ou do ambiente externo).

Pesquisas voltadas para o desenvolvimento de alternativas que evitem a deterioração química e microbiológica e também monitorem a qualidade e a segurança dos alimentos estão em andamento em todo o país. Pioneira nessa área, a Universidade Federal de Viçosa (UFV) já detém quatro patentes de recipientes ativos e outras 10 solicitações em andamento. Coordenado pela pesquisadora Nilda Soares, o Laboratório de Embalagens do Departamento de Tecnologia de Alimentos da UFV se debruça sobre o assunto há 17 anos e avança para a incorporação da nanotecnologia no processo de desenvolvimento e produção desses materiais.

“Utilizamos compostos naturais, como a goma de mandioca, que têm partículas grandes. Quando produzimos na escala nano, conseguimos ter um efeito muito maior daquele composto com uma quantidade reduzida. Sem contar que, em tamanhos menores, ele é mais bem incorporado à embalagem. Tudo isso torna o produto economicamente mais viável”, afirma a PhD em ciência de alimentos pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos. Inclusive, foi na instituição americana que Soares participou do desenvolvimento de um filme plástico capaz de retirar o gosto amargo do suco da fruta grapefruit, muito comum naquele país.

De acordo com o objetivo que se quer atingir, vários são os tipos de compostos que podem ser adicionados ao processo de produção das embalagens ativas, que se assemelham aos filmes plásticos disponíveis no mercado. “Podem ser incorporados aromatizantes, antioxidantes e antimicrobianos”, detalha Nilda Soares. A partir do momento em que esses elementos integram a composição do plástico, podem interagir com qualquer produto com o qual entre em contato, exercendo a função desejada.
 
Correio Braziliense

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