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terça-feira, 9 de setembro de 2014

Média de tempo de exercício não vale para os gordinhos, diz especialista

Radominski ressalta que, em média, os obesos demoram de três a seis meses para se acostumar com a prática de exercícios físicos e ganhar um condicionamento
 
Pelo menos 150 minutos de exercícios físicos por semana para viver bem. Eis o que prega a Organização Mundial da Saúde (OMS) quando o assunto é livrar-se dos males do sedentarismo. Mas realizar atividades físicas meia hora, de segunda a sexta-feira, por exemplo, é pouco para quem está acima do peso.

O alerta foi dado pela Rosana Bento Radominski, professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná, durante o 31º Congresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia (Cbem).

“Quando se fala em obesidade, essa recomendação não é suficiente”, avisa. “Mas claro que eles precisam começar de alguma forma. As doses moderadas de exercícios já são suficientes para quem não faz nada.” A especialista cita um estudo com duração de um ano envolvendo homens obesos. Uma parte realizou exercícios de baixo rendimento, como caminhada. A outra, de intensidade maior, corrida, por exemplo.

Não houve alteração na dieta de nenhum participante e todos emagreceram. “A perda foi proporcional ao tipo de atividade física. Mas podemos dizer que, sem restrições alimentares, homens conseguem perder peso percorrendo em torno de 16 a 18 quilômetros por semana”, ressaltou Radominski.

Apesar de mulheres não terem participado do estudo, a especialista explica que há diferenças de impacto de atividades físicas em relação ao gênero. Ela cita como exemplo a redução da gordura abdominal, a primeira a ser perdida em decorrência tanto da dieta quanto da prática de atividades físicas. “O resultado é maior nos homens porque é uma gordura mais lipídica, mais fácil de perder. É diferente da que existe no quadril e na coxa, mais comum nas mulheres”, compara.

Radominski ressalta que, em média, os obesos demoram de três a seis meses para se acostumar com a prática de exercícios físicos e ganhar um condicionamento. O ideal, segundo a especialista, é combinar a atividade com a orientação nutricional. “É difícil fazer com que um gordinho percorra 16 quilômetros na semana. Por isso, a combinação com a dieta costuma ser mais eficiente. E, quanto maior o tempo de dedicação ao tratamento, melhores os resultados.”

A médica diz que não há consenso científico sobre o tempo que deve ser dedicado às atividades físicas para a manutenção do novo peso. Segundo ela, resultados de estudos variam de 80 minutos diários a 200 semanais.

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Debate internacional

Maior evento científico promovido pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o Cbem conta com a participação de 279 especialistas, sendo 29 estrangeiros e 250 brasileiros, e 4 mil inscritos.

Correio Braziliense

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