Google Imagem / Arquivo: Aedes Aegypti, transmissor da dengue |
Doença é questão de saúde pública brasileira; de janeiro a julho deste ano, foram notificados 688.287 casos e 554 mortes
Depois de 20 anos em desenvolvimento, a vacina contra a
dengue em estágio mais avançado no mundo chegou à etapa final mostrando
eficácia de 60,8% contra os quatro sorotipos da doença. Outro resultado é
que entre as pessoas que foram vacinadas e, mesmo assim, tiveram
dengue, houve redução de 80,3% no número de internações com relação a
quem não foi imunizado.
Segundo Sheila Homsani, gerente do
Departamento Médico da Sanofi Pasteur, laboratório responsável pela
vacina, o estudo está concluído e agora os dados serão consolidados para
o pedido de registro à Agência Nacional de Vigilância Sanitária, para
que possa ser comercializada no Brasil e, eventualmente, ser incorporada
à rede pública. A expectativa é que demore cerca de um ano para o
registro sair.
Em
etapa anterior, feita na Ásia, a pesquisa havia mostrado eficácia de
88% contra o tipo hemorrágico da doença, considerado o mais grave.
Agora, na última etapa, a vacina foi testada no Brasil, em Honduras, no
México, na Colômbia e em Porto Rico. No Brasil 3.550 crianças e
adolescentes entre 9 e 16 anos das regiões Nordeste, Centro-Oeste e
Sudeste foram vacinados.
A imunização e o acompanhamento foram
feitos de junho de 2011 a abril de 2013. O laboratório, no entanto, vai
acompanhar por mais cinco anos os imunizados.
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Segundo
Sheila Homsani, os resultados estão acima das expectativas da
Organização Mundial da Saúde, que pretende reduzir em 50% a mortalidade
por dengue até 2020.
A dengue é considerada questão de
saúde pública brasileira e é doença endêmica de cerca de 100 países. De
1º de janeiro a 19 de julho deste ano, o Ministério da Saúde notificou
688.287 casos da doença e 554 mortes.
iG
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