Com rastreabilidade, o caminho percorrido pelos insumos é mapeado de forma a trazer mais segurança para o paciente e redução de custos para a instituição
Os órgãos de controle de fabricação, distribuição e consumo de medicamentos no Brasil expedem em média mil avisos de anormalidades de fabricação ou uso de produtos. Há, portanto, a necessidade de fazer recalls de forma intensa.
Sendo assim, a rastreabilidade de medicamentos é fundamental para identificar quem consumiu, comprou, onde está e em que condições estão quaisquer produtos farmacêuticos que estão circulando no mercado brasileiro. Por isso, ter um projeto de logística com recursos de rastreabilidade em toda a rede de atendimento torna-se uma grande ferramenta para garantir a segurança de toda a cadeia de saúde.
Desde a fabricação, há uma preocupação dos órgãos sanitários em adotar códigos de barras padronizados, conforme as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Além disso, a agência criou o Comitê Gestor da Implantação do Sistema Nacional de Controle de Medicamentos (SNCM) para aperfeiçoar ainda mais a rastreabilidade de medicamentos e facilitar o recolhimento de lotes por quaisquer problemas, onerando menos o sistema de saúde e garantindo mais segurança aos consumidores.
Dentro do hospital, a logística pode ser resumida em 11 etapas:
1. Recebimento (conferência dos pedidos e verificação da integridade das embalagens, lote, validade e quantidade).
2. Endereçamento (alocação de produtos nas áreas de estocagem, conforme lote e validade).
3. Dispensação Individualizada
4. Dispensação coletiva
5 .Dispensação de Kits de procedimento
6. Rastreabilidade desde a entrada até o consumo
7. Gerenciamento de Estoque
8. Gestão de material consignado
9. Controle de administração de medicamento
10. Logística reversa (estorno físico, contábil e financeiro dos produtos não consumidos pelo paciente).
11. Gestão automática de requisição de compras
A gestão logística de medicamentos envolve também a área de tecnologia, que pode organizar as informações gerenciais de forma mais prática. Além disso, a equipe assistencial é fundamental para que o processo tenha sucesso, pois são responsáveis pela administração dos remédios, bem como abastecer os sistemas de controle de informações. A junção de processos bem desenhados com tecnologia e pessoas treinadas garante que o caminho percorrido pelo medicamento seja adequado e eficiente não somente para a instituição de saúde, como também para o paciente.
Domingos Fonseca, Presidente da UniHealth Logística Hospitalar
Saúde Web
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