A eficiência da técnica foi comprovada em 20 pacientes, com riscos de amputação de membros, por apresentar profundas feridas agudas
Estudo pioneiro para a cicatrização de feridas graves, desenvolvido pelo Serviço de Cirurgia Plástica e Queimaduras do Hospital das Clínicas (HC), da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), deverá revolucionar o tratamento das lesões no Brasil por prevenir a amputação de membros.
Trata-se do uso de matriz dérmica ou pele artificial, associada à terapia de pressão negativa e enxerto de pele. A eficiência da técnica foi comprovada em 20 pacientes, com riscos de amputação de membros, por apresentar profundas feridas agudas, ou seja, com exposição do osso, tendão ou articulação, em tratamento no Hospital das Clínicas. Os pacientes apresentavam feridas devido a traumas, queimaduras ou processos infecciosos graves.
Resultados positivos
Segundo o cirurgião plástico, Dimas André Milcheski, autor do estudo, os resultados foram surpreendentes.
A área média de integração do modelo de regeneração dérmica foi de 86,5%. Houve integração completa do enxerto de pele sobre a matriz dérmica em 14 pacientes (70%), integração parcial em 5 pacientes (25%) e perda total apenas em 1 paciente (5%), resolvida com nova enxertia de pele. A ferida foi fechada completamente em 95% dos pacientes.
Estas feridas graves necessitam usualmente de cirurgias mais complexas como técnicas microcirúrgicas para a sua resolução. Em alguns casos havia até a necessidade de amputação das extremidades afetadas. Assim, além desse tratamento ser pioneiro no Brasil, simplificou a conduta cirúrgica e preveniu a amputação de extremidades”, explicou o cirurgião.
O reconhecimento deste estudo ocorreu a nível internacional.
O autor foi agraciado com o prêmio de melhor estudo da América Latina em cirurgia plástica reconstrutiva, pela revista médica PRS Global Open – International Open Access Journal of the American Society of Plastic Surgeons.
Foto: Bete Subires AGENUSP
Foto: Bete Subires AGENUSP
EFE Saúde
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