Essa infecção fúngica que atinge aproximadamente 80% das mulheres pode ser evitada com medidas simples; confira
O verão chegou e, com ele, também vêm algumas preocupações femininas. Uma delas é a candidíase. Só quem já teve sabe como é horrível. Ardência, corrimento, coceira e dor nos fazem desistir de aproveitar melhor a estação.
Apesar do Candida albicans, fungo responsável pela candidíase e suas variáveis, viver em harmonia com a flora bacteriana vaginal, o calor, a maior umidade e a alteração do pH são fatores que favorecem o aparecimento da candidíase, infecção causada pela maior proliferação desse fungo. Justamente por isso, o ginecologista Ricardo Luba explica que a candidíase é uma das principais infecções genitais e estima-se que 80% da população feminina vai ter pelo menos um episódio da doença durante a sua vida.
Ao contrário do que se pensa, a candidíase não é uma doença sexualmente transmissível. “O fungo está presente na população e, por isso, não pode ser considerado uma DST”, explica Ricardo. No entanto, deve-se sempre tratar o casal para evitar a recorrência da doença, já que ela pode ser transmitida pelo contato.
Como a vagina já é um ambiente naturalmente propício para a proliferação exagerada do fungo, o calor do verão e a umidade causada pelo uso prolongado de biquínis molhados aumentam a incidência da infecção. Segundo Ricardo Luba, deve-se realizar a troca do biquíni de duas a três vezes ao dia, evitar o uso de calcinhas de lycra e preferir as calcinhas de algodão. Procurar usar roupas leves como saias para que a troca do calor e da umidade aconteça com maior facilidade, evitar roupas muito justas e não realizar uso constante de absorvente diário são medidas que para evitar a candidíase.
O ginecologista Gustavo Ventura aponta também que baixa imunidade e altos níveis de estresse são fatores que favorecem o aparecimento da infecção. Para isso, ele indica atividade física regular, boas noites de sono e até a meditação. Além disso, para evitar a candidíase é importante se hidratar corretamente, tomando pelo menos dois litros de água por dia, não fumar, não abusar do álcool e ter uma dieta equilibrada com menor quantidade de carboidratos (açúcar e farinha branca). Outras medidas que o ginecologista indica são dormir sem calcinha, evitar duchas vaginais e desodorantes íntimos e usar sabonete próprio para a higiene íntima lavando até duas vezes ao dia, já que a limpeza excessiva também desequilibra a flora vaginal.
Se você tiver sintomas como ardência e coceira na região genital, vermelhidão local, corrimento esbranquiçado com aspecto de leite talhado e sem odor, e sentir dor para ter relação sexual e ardência ao urinar, é importante procurar um ginecologista. Dessa forma, o médico poderá prescrever cremes tópicos com agentes antifúngicos e comprimidos para serem tomados por via oral.
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