Uma campanha na televisão e nas redes sociais está anunciando benefícios de suprimir a menstruação.
Chamada de "Viva sem menstruar", a ação publicitária recomenda às mulheres perguntar ao médico sobre remédios para acabar com o ciclo, sem citar marcas.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) proíbe a publicidade de drogas vendidas com receita.
A responsável pela campanha é a farmacêutica Libbs, que faz anticoncepcionais.
"Viver sem menstruar é a melhor opção, pois o organismo da mulher não está preparado para tantas menstruações", afirmou a empresa, por meio de sua assessoria.
Mas, para Rogério Machado, da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, isso não é verdade em todos os casos.
"Há mulheres que têm prejuízos com a menstruação e elas merecem ter a opção de suprimi-la. Mas não são todas que têm queixas."
Parar a menstruação não prejudicar a saúde. Mas a pílula de uso contínuo --um dos tratamentos para suprimir o ciclo-- tem contraindicações, como o uso por fumantes acima de 35 anos, por risco de trombose.
César Fernandes, presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo, critica o estímulo para parar de menstruar.
"Não se pode passar a mensagem de que menstruar faz mal." Mas, para Machado, "o importante é mostrar que dá para mudar a maneira de tomar a pílula."
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