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sábado, 16 de julho de 2011

Portugal: População e autarquia contra fecho do SAP à noite

O encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Mêda no período nocturno, entre as 20:00 e as 08:00, está a ser contestado pela Câmara Municipal e pela população, por fazer "muita falta".

Segundo o presidente da autarquia de Mêda, Armando Carneiro, o SAP nocturno já não funcionou na noite de quinta-feira "por falta de médicos" que assegurem o serviço, situação que se manterá até que haja uma solução. O autarca explicou à Lusa que a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, responsável pela gestão do Centro de Saúde, informou que o fecho do SAP nocturno, a partir do dia 14 de Julho, ficava a dever-se ao facto de "não ter médicos" para assegurarem o serviço. "Não têm médicos.

O Centro de Saúde tinha quatro médicos mas dois reformaram-se e só ficaram dois, sendo humanamente possível cobrir as 24 horas", contou.

Armando Carneiro referiu que a direção da ULS da Guarda prometeu que, "se arranjarem médicos, abrem novamente o SAP", mas diz não acreditar "muito" nessa possibilidade. "Eu quero acreditar que sim, mas não acredito muito", reforçou. O autarca relatou que a medida causou inquietação junto dos habitantes do concelho, que vão manifestar-se esta sexta-feira, a partir das 19:00, junto das instalações do Centro de Saúde. "Anda tudo em polvorosa. As pessoas estão todas revoltadas, porque a população é envelhecida e precisa muito de cuidados de saúde", indicou. Salientou que o SAP noturno "faz falta" na Mêda, admitindo que sem o serviço, os habitantes ficam "completamente isolados" em relação à assistência médica naquele período. "Estamos a 70 quilómetros de distância do Hospital Sousa Martins da Guarda e nem o INEM temos", alertou.

O autarca também adiantou à Lusa que já solicitou uma audiência ao secretário de Estado da Saúde, para defender a continuidade do funcionamento do serviço. Fernando Girão, presidente do Conselho de Administração da ULS da Guarda, disse à Lusa que a situação surgiu por se terem reformado dois dos quatro médicos que prestam serviço naquela unidade de saúde. "A situação não tem nada a ver com o fecho definitivo do SAP, tem a ver com a falta de recursos e indisponibilidade de manter as 24 horas, por falta de recursos", explicou.

Assegurou que a ULS está a procurar resolver a situação com a possibilidade de um dos médicos que se reformou voltar ao serviço e de contratar mais um clínico. "Se isso acontecer, será possível reabrir [o SAP durante] as 24 horas", caso contrário, "é muito difícil", admitiu Fernando Girão. E no caso de vir a ser constituída uma equipa com quatro médicos, alertou que haverá problemas em manter o SAP nocturno a funcionar durante o verão, porque os dois médicos do Centro de Saúde "têm férias para gozar, o que torna completamente impossível manter o serviço". 

Fonte Destak

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