Pesquisadores de Harvard e Columbia lançaram nesta semana pesquisa mostrando que a capacidade de acessar rapidamente e de qualquer lugar uma informação está afetando o jeito como funciona nossa memória.
Vamos perder a capacidade de memorizar coisas já que tudo é acessível a um toque de botão? Eis aí uma ótima questão para os educadores.
Segundo os pesquisadores, a partir dos experimentos com universitários, tende-se mais a lembrar onde está arquivada a informação. Se precisar usá-la, basta acessar o celular mais próximo. É jeito de lidar com o excesso de informação.
A pesquisa provocou entre educadores americanos a seguinte questão: é inútil pedir aos estudantes que tentem memorizar fatos? Isso, claro, desmonta boa parte do ensino baseado na memória, ou seja, na decoreba.
A resposta está no meio termo. Há alguns fatos essenciais que deveriam ser memorizados --e aí se abre a discussão sobre quais são esses fatos essenciais. Mas o papel do educador seria fazer com que os estudantes memorizassem conceitos. Por exemplo: em vez de tentar lembrar em que dia, mês e ano o Brasil acabou com a escravidão, os estudantes entenderiam o conceito de escravidão e suas consequências, fazendo relações. Deixe o aluno, na prova, consultar os dados, sem considerar isso cola.
Na minha visão, essa tendência de confiar na máquina para guardar informação, só deixa o aprendizado mais humano.
Há textos da Grécia Antiga reclamando que o ensino da escrita entre os jovens iria afetar sua capacidade de memorizar.
Fonte Foilhaonline
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