Pesquisador da Fiocruz encontrou evidências da existência do vírus em cavalos do Pantanal
A Fiocruz detectou pela primeira vez no Brasil a presença do vírus causador da febre do Nilo Ocidental. As evidências da presença do vírus, que é da mesma família que os vírus da febre amarela e da dengue, foram encontradas em cavalos do Pantanal.
O vírus, que pode infectar humanos e animais, é motivo de preocupação constante em países do continente africano e asiático. Ele é transmitido através da picada de mosquitos que tenham se alimentado de aves infectadas, geralmente migratórias.
Há registros de que a doença chegou ao continente americano no final da década de 90, nos EUA, e teria se espalhado para outros locais. Segundo a Fiocruz, existem relatos recentes da presença do vírus na Colômbia, Venezuela e, em especial, na Argentina, onde anticorpos do vírus já foram detectados em aves.
De acordo com o estudioso responsável pela pesquisa, Alex Pauvolid-Corrêa, não é fácil estabelecer qual é o risco deste vírus causar surtos ou epidemias no país, como já aconteceu no hemisfério norte. O pesquisador afirma que alguns fatores são favoráveis à ocorrência de casos da doença por aqui, principalmente em animais.
— Entretanto, considerando-se a ocorrência de ciclos de transmissão do vírus nos EUA, a vigilância da circulação em áreas urbanizadas no Brasil também precisa ser considerada — explica.
A doença
Conforme o Ministério da Saúde, a febre do Nilo Ocidental pode se apresentar nos humanos de forma branda ou severa. A primeira caracteriza-se por sintomas como febre, dor de cabeça e dores musculares.
Já a forma severa da enfermidade pode causar dor de cabeça, febre alta, rigidez na nuca, desorientação, tremores, coma, convulsão, fraqueza muscular e paralisia.
Fonte Zero Hora
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