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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Brasileiros desenvolvem prótese de mão mais leve e flexível

Touch Bionics / Divulgação

Pesquisadores da USP acabaram de desenvolver um protótipo de motor elétrico linear que poderá ser aplicado nas próteses


Criar uma nova geração de próteses para membros superiores — mais especificamente, de mão — é a meta de pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) da USP, que acabaram de desenvolver um protótipo de motor elétrico linear que poderá ser aplicado nas próteses.

Em estudos iniciais, o motor foi capaz de acionar o dedo artificial construído para a pesquisa em velocidade e força suficientes para que o membro se movesse como uma garra, simulando o movimento de um dedo humano.

— A principal vantagem em relação aos motores rotativos, comumente usados neste tipo de aplicação, é que os motores lineares não necessitam de adaptação mecânica para converter o movimento rotacional em linear, como engrenagens, e não geram barulho, principal reclamação dos usuários de próteses a base de motor rotativo — diz a autora da pesquisa, a engenheira eletricista Aline Durrer Patelli Juliani.

Segundo ela, esse som é descrito pelos usuários como sendo parecido com o de um "robô" e os incomoda mais do que a estética da prótese.

— O motor linear, como o próprio nome diz, apresenta um movimento linear, igual ao de um trem. Já o motor rotativo é aquele que gira como se fosse um ventilador — descreve a engenheira.

Para construir o projeto, Aline explica que foram utilizados um mecanismo desenvolvido por pesquisadores italianos por ser semelhante ao movimento do tendão da mão humana e por usar apenas um motor para cada dedo — explica.

A engenheira conta que na maioria das próteses apenas os dedos polegar, indicador e médio apresentam mecanismos para movimentação, pois eles são suficientes para realizar os movimentos de garra De acordo com ela, o que motivou os pesquisadores a estudarem o tema é o fato de o motor linear aplicado à bioengenharia ser pouco explorado no Brasil.

Ao ser acionado, o motor atua como se fosse um músculo, fazendo com que o dedo seja flexionado. Molas localizadas em pontos semelhantes às juntas do dedo humano se encarregam de fazer o movimento de retorno. Para a construção do motor e do dedo foram utilizados materiais como aço elétrico, cobre e ímãs que foram importados da China pois necessitavam de dimensões específicas, entre outros.

Aline aponta que ainda falta percorrer um longo caminho até que o projeto possa ser utilizado na prática em próteses de membros superiores.

— A pesquisa que realizamos é apenas um primeiro protótipo projetado para a realização de testes e para validar a metodologia de projeto. Além de possibilitar a verificação dos cumprimentos das exigências da aplicação — informa.

Segundo a cientista, é preciso realizar outros estudos, como o controle do motor e a diminuição de suas dimensões, pois ele foi concebido para caber dentro do antebraço do paciente.

Fonte Zero Hora

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