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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Dengue: Inaugurado novo observatório de saúde

A Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), por meio do Plano de Monitoramento Epidemiológico da Área de Influência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), inaugurou, no município de Guapimirim (RJ), mais uma unidade do Observatório de Situações de Saúde.

O observatório faz parte do Laboratório de Monitoramento Epidemiológico de Grandes Projetos de Desenvolvimento da Ensp (LabMep) e, já na sua primeira semana de atividades, desenvolveu em parceria com a Rede Dengue Fiocruz um curso de atualização em dengue para Guapimirim.

O objetivo é desenvolver uma estratégia inovadora de monitoramento do Aedes aegypti para o Estado do Rio de Janeiro. De acordo com o coordenador-geral do Plano de Monitoramento do Comperj, Luciano Toledo, a atuação do LabMep/Ensp está voltada para o acompanhamento de agravos considerados sensíveis à população, como as transformações socioambientais, o aumento da violência, os acidentes de transporte, a ocupação dos espaços urbanos, o consumo de drogas e demais aspectos relacionados à saúde, além das consequências que um grande projeto de desenvolvimento como o Comperj pode trazer para a região.

O Observatório de Situações de Saúde dará apoio às atividades de vigilância epidemiológica do Comperj. A primeira unidade foi implementada em Cachoeiras de Macacu em julho de 2011. A instalação em Guapimirim ocorreu em cerimônia que contou com a presença da vice-diretora de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico da Ensp, Margareth Portela (representando o diretor, Antônio Ivo de Carvalho), do coordenador geral do Plano de Monitoramento do Comperj, Luciano Toledo, além do prefeito da cidade, Renato Costa Mello Júnior, e autoridades locais.

Parceria com a Rede Dengue Fiocruz
O observatório de Guapimirim terá como responsável o médico psiquiatra e aluno do mestrado profissional em vigilância em saúde na Região Leste do Rio de Janeiro, D’Artagnan Rache Rodrigues. Na segunda-feira (29/8), já como primeira atividade do observatório, foi lançado o Curso de Atualização em Dengue, que se insere no Projeto Rede Dengue Fiocruz, coordenado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde da Fiocruz e com a parceria da pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, Nildimar Alves Honório.

“Queremos implantar uma técnica inovadora de monitoramento do Aedes aegypti. Essa inovação foi construída no âmbito do projeto, fruto da parceria entre a Ensp e o IOC por intermédio dos pesquisadores Paulo Sabroza e Nildimar.

A ideia é utilizar os municípios de Guapimirim, Cachoeiras de Macacu e Itaboraí como pilotos para essa metodologia, treinando agentes comunitários de saúde. Por meio da parceria com o IOC, faremos o monitoramento e avaliação das ações implementadas. O curso tem professores de referência nacional no tema, e conta com a participação de docentes do Departamento de Medicina Tropical do IOC, da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, além do Laboratório de Virologia da Fiocruz”, destaca Toledo.

Reunião traça planos para o mestrado e lançamento de produtos de pesquisa
No início de agosto, a equipe de coordenação do Plano de Monitoramento Epidemiológico da Área de Influência do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) realizou um encontro para definir o planejamento do projeto. A reunião contou com a presença do coordenador, Luciano Toledo, além da vice de Pesquisa, Margareth Portela, os pesquisadores Paulo Sabroza, Eduardo Stotz, Nildimar Honório e Lúcia Abelha, da UFRJ. O encontro definiu estratégias para o próximo semestre do projeto, além da publicação dos Cadernos de Monitoramento Epidemiológico e Ambiental.

“Esses cadernos são pequenas publicações, dirigidas especificamente para o Sistema Único de Saúde. Não se trata de uma produção com caráter técnico-científico, mas serão dirigidos para questões relevantes do sistema de saúde. No final de setembro, lançaremos o primeiro caderno, cujo tema será sobre transtornos mentais.

O objetivo é discutir essa questão com a perspectiva de dar mais acolhimento aos usuários do serviço de saúde mental e tratamento humanizado. A apresentação do caderno é feita pelo pesquisador Paulo Amarante, e foram produzidos 10 mil unidades para serem distribuídas nas Upas e Unidades de Saúde da Família. Todo o conteúdo é feito com charges, trabalhando o tema de forma leve e suave. O caderno seguinte deve abordar o tema desabamentos e inundações”, explicou Toledo.

Fonte SaudeWeb

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