Engenharia clínica promove soluções para a compatibilização de tecnologias, especificação técnica, análise e aquisição de tecnologias, inventário e coordenação de programas de manutenção, atividades compatíveis com a RDC nº 63
Acaba de ser publicada pela Anvisa a RDC nº 63, de 25 de novembro, que estabelece os requisitos de boas práticas para funcionamento de serviços de saúde. A resolução reforça a obrigatoriedade da adoção de programas de gerenciamento de tecnologias de saúde. Com isso a área de Engenharia Clínica é impulsionada diretamente.
De acordo com o diretor da Engebio, Rodolfo More, mais que destacar o segmento, a medida visa a chamar a atenção para processos e condutas que impactam diretamento na qualidade do serviço prestado.
Especializada na gestão de equipamentos e recursos físicos em ambientes de saúde, a engenharia clínica promove soluções para a compatibilização de tecnologias, especificação técnica, análise e aquisição de tecnologias, inventário e coordenação de programas de manutenção.
Baseada nestes princípios a Engebio tem como meta proporcionar um plano de gestão que contempla todas as atividades e demandas às quais os equipamentos de saúde estão sujeitos. Desde a concepção do projeto, a compra dos equipamentos e a manutenção estão a cargo do escopo de atuação da Engenharia Clínica.
Demanda a ser suprida
Com cerca 220 mil leitos distribuídos em mais de oito mil hospitais, o Brasil apresenta atualmente um cenário promissor para a área de Engenharia Clínica. Somente em São Paulo estão concentrados cerca de 25% dos estabelecimentos de saúde (hospitais, clínicas e consultórios) deste contingente. Em comum todos eles apresentam a mesma necessidade: adequação de tecnologias e infraestrutura.
More diz que o engenheiro clínico é o profissional apto a compatibilizar todas as diversas demandas do segmento e encontrar soluções. Com competências necessárias para responder ao desafio, a carreira apresenta um grande potencial para o futuro.
Pelas contas de More, ainda que a prioridade total no mercado de trabalho fosse formar engenheiros clínicos seriam necessários cerca de 20 anos para suprir a carência por mão de obra especializada. O cálculo foi baseado na seguinte conta: 400 engenheiros clínicos formados por ano. “Mas isso não condiz com a realidade”. Ainda desconhecida, a carreira é apontada ainda apenas como uma especialidade dentro da Engenharia Biomédica.
Com pouco mais de 300 engenheiros clínicos de formação com especialização em Engenharia Clínica, o setor dá conta apenas de cerca de 6% dos hospitais com mais de 120 leitos contam com este tipo de serviço. “Há muito potencial a ser explorado na área”, arremata More.
Fonte SaudeWeb
O déficit de profissionais em engenharia clínica pode ser minimizado se o CREA regulamentar e atribuir responsabilidades já assumidas pelos tecnólogos em sistemas biomédicos. Contamos com a Abeclin e com seu novo presidente Rodolfo More para nos apoiar nesse assunto.
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