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sábado, 7 de janeiro de 2012

Congresso de ginecologia em Israel cria polêmica ao vetar participação de médicas

País enfrenta outros episódios de segregação na sociedade

Um congresso de ginecologia que será realizado em Jerusalém vem provocando uma onda de protestos por proibir a participação de médicas e por obrigar as mulheres do público a ficarem separadas dos homens.

A notícia vem à tona em meio a uma polêmica crescente no país sobre a segregação das mulheres imposta por judeus ultraortodoxos.

ONGs de direitos humanos e cidadãos seculares estão pressionando os médicos que deveriam fazer palestras no congresso para cancelarem sua participação.

A organização do encontro, que discutirá questões de fertilidade e começará no dia 16, incluiu na lista de palestrantes apenas médicos homens e rabinos.

O congresso é organizado pela instituição Puah - nome em hebraico formado com as iniciais das palavras "fertilidade" e "Halachá" -, que presta aconselhamento a casais judeus religiosos que sofrem de problemas de fertilidade.

A organização engloba rabinos e médicos para garantir que nenhum procedimento viole a Halachá, o conjunto de leis da religião judaica.

Boicote
Uma das ONGs que mais criticou o congresso é a secular Israel Livre, que divulgou nomes e e-mails dos médicos escalados para palestrar, pedindo que as mulheres "boicotem ginecologistas que boicotam as mulheres".

Yuval Yaron, diretor do departamento de Diagnóstico Genético Pré-Natal do Hospital Ichilov, em Tel Aviv, já cancelou sua participação. "Impedir mulheres de fazer palestras no congresso contradiz totalmente os valores segundo os quais fui educado", afirmou o médico.

- Além de ser um exemplo claro de segregação, não convidar mulheres para falar em um congresso sobre medicina da mulher também é um absurdo do ponto de vista profissional.

O rabino Menachem Burstein, diretor do Puah, minimizou a polêmica e disse que graças ao instituto a legislação rabínica aceita inovações da medicina e assim possibilita o avanço da saúde das mulheres ultraortodoxas.

"Infelizmente há elementos que se aproveitam de maneira cínica e agressiva do clima público atual", afirmou Burstein em referência à polêmica na sociedade israelense sobre a segregação das mulheres.

Isso porque, nas últimas semanas, se intensificou em Israel o debate público sobre a segregação das mulheres em ônibus, calçadas e instituições públicas, praticada em várias cidades, especialmente onde há grandes concentrações de habitantes ultraortodoxos, como Jerusalém, Beit Shemesh e Elad.

O debate tem sido acompanhado por manifestações de seculares e de extremistas e já houve casos de confrontos físicos entre os dois lados.

Fonte R7

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