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terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

'Amputar é um palavrão; não nos conformamos', diz aposentado

Victor Mario Molinari, 74, que se submeteu à primeira cirurgia usando o medicamento importado conhecido como TNF
Há um mês, o químico aposentado Victor Mario Molinari, 74, recebeu a notícia de que a retirada do braço direito era a única alternativa para seu caso. O tumor no antebraço surgiu em 1998 e já havia sido operado cinco vezes, mas sempre reincidia.

"Amputar é um palavrão. Nem eu nem minha família nos conformamos, ficamos desesperados." Ao consultar uma segunda opinião, Victor soube do medicamento e da cirurgia no exterior que poderiam aumentar suas chances de preservar o braço.

Ele e a família juntaram dinheiro para ir à Holanda --gastariam 25 mil euros só com os custos hospitalares. "Estava me afogando e me agarraria a qualquer coisa que surgisse para me dar uma luz e evitar a amputação."

Já estava preparado para viajar quando o laboratório liberou a exportação da droga no Brasil. Ele foi o primeiro operado com o TNF aqui.

Ivan Dunshee, cirurgião oncológico do Hospital São José, diz que a operação dele correu bem, mas a resposta ao tratamento só poderá ser confirmada em alguns meses.

Maria Lucia Pereira Silva, 59, foi operada com o novo remédio no dia 27 de janeiro. Ela tem um melanoma na perna há quatro anos e já havia passado por nove cirurgias.

Segundo João Duprat, do Hospital A.C. Camargo, dias depois da operação o tumor estava com um terço do tamanho original. "Ficamos muito entusiasmados com a eficácia do medicamento."

Fonte Folhaonline

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