Rio de Janeiro – Em visita a um posto de hidratação contra dengue em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro, o prefeito Eduardo Paes disse que a rede de hospitais particulares da cidade vai ter que dar a pacientes com a doença o mesmo tratamento básico (que inclui a hidratação) prestado pela rede pública. Segundo Paes, "um terço das mortes provocadas pela dengue em 2011 veio da rede privada".
Ele também voltou a alertar que a cidade pode ter uma epidemia de dengue e que o combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, depende de uma ação coletiva. “Dois terços dos casos a gente pega em casa. Então, está na sua casa aquilo pode deixar seu filho doente, que pode deixar sua família doente, seus amigos, está aí perto de você”, disse ele se dirigindo aos moradores do Rio.
O último levantamento apresentado pela Secretaria Municipal de Saúde, referente ao mês de janeiro, apontou 1.234 casos da doença. As áreas com maior incidência de pessoas infectadas estão nas zonas norte e oeste da cidade, onde foram registrados os únicos casos do tipo 4 de dengue, com seis infectados. Apesar dos números apresentados serem preocupantes, a prefeitura do Rio informou que não há registro de mortes desde o início do verão.
Para o secretário de Saúde, Hanns Dohmann, a ausência de mortos, até o momento, deve-se ao maior envolvimento da população com os profissionais de saúde na busca precoce de tratamento. De acordo com Dohmann, se for necessário, as unidades de atendimento estão preparadas para atender a um grande volume de pessoas. “Neste momento, nós já temos mais que o dobro da capacidade de atendimento que tivemos em todo verão do ano passado”, explicou.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que dos 30 polos de tratamento da dengue previstos para funcionar na cidade, 24 já estão operando e o restante será implantado de acordo com a evolução do índice epidemiológico. A população também pode contar com quatro polos de atendimento 24 horas, nas zonas sul e norte da cidade.
Fonte Agência Brasil
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