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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Campanha mundial mobiliza mulheres a vestirem vermelho em sinal de alerta para doenças do coração

Alfonso Romero / Stock.xchngCerca de 30 mil brasileiras morrem de ataques cardíacos por ano, quase o triplo do número de vítimas do câncer de mama


Dizer que o coração das mulheres anda mais frágil que o dos homens não é bem uma metáfora, trata-se de estatística. Cerca de 30 mil mulheres morrem de ataques cardíacos por ano no Brasil. Para se ter uma ideia, o câncer de mama faz 11 mil vítimas no país anualmente. Uma pesquisa realizada recentemente pelo Hospital do Coração em São Paulo (Hcor/SP) revela que o número de infartados atendidos na unidade em 2011 caiu 12% em 2010 — para o sexo masculino, a queda foi de 17%, mas entre as mulheres ocorreu um aumento de 3,8% no número de ataques cardíacos.

Para alertar a população feminina sobre os riscos cardiovasculares e estimular a prevenção, uma campanha internacional pede que as mulheres vistam-se de vermelho nesta sexta-feira. A campanha Go Red for Women (Vá de Vermelho pelas Mulheres) é liderada pela American Heart Association (Associação Americana do Coração) desde 2004 e agora chega ao Brasil, apoiada por entidades e empresas que atuam no tratamento de doenças cardíacas.

A ideia da campanha campanha começou com a constatação de que mais de 500 mil mulheres morriam todos os anos nos Estados Unidos devido a doenças do coração, que poderiam ser evitadas ou tratadas com mais informação. Segundo dados da Associação, o número de mortes após um primeiro infarto é de 38% para as mulheres contra 25% para os homens. As mortes súbitas, sem sintomas, por doenças do coração também ocorrem mais em mulheres (65%) do que em homens (50%). Num período de seis anos após um primeiro infarto, as mulheres têm ainda mais chances de ter outro ataque do coração — 35% contra 18% dos homens —, sofrer um derrame — 11% contra 8% — ou ficarem incapacitadas por insuficiência cardíaca — 46% contra 22%.

Homens viraram o jogo
Até o início dos anos 80, o número de homens que morriam com doenças do coração era maior do que o de mulheres, nos Estados Unidos. Nos últimos anos, a situação se inverteu. Atualmente, de todas as pessoas que morrem com doenças cardíacas naquele país, 53% são mulheres. O coração mata mais mulheres do que todas as outras sete maiores causas de mortes somadas. Todos esses dados são da American Heart Association. Estatísticas brasileiras apresentadas no início desta matéria indicam que a situação por aqui é bem semelhante.

A instituição estadunidense tem como meta, desde 2010, reduzir a morte e a incapacidade por doenças cardiovasculares e acidentes vasculares cerebrais (AVC) em 20% ao ano e manter esse percentual anualmente até 2020. O AVC também pode ser provocado por problemas cardíacos.

Os riscos de doença cardiovascular são maiores em mulheres com mais de 55 anos, no início da menopausa, ou acima dos 45 anos, com menopausa precoce. Os fatores que acarretam esses riscos são um estilo de vida sedentário, obesidade e estresse, elementos que favorecem o surgimento de pressão alta, diabetes e colesterol elevado. Histórico familiar em casos similares também é sinal de alerta.

Fonte Zero Hora

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