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sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Médicos prometem nova greve em outubro

Médicos protestaram na quarta-feira em São Paulo - Paulo Liebert/AE
Paulo Liebert/AE
Médicos protestaram na quarta-feira em São Paulo
Associação Paulista de Medicina pretende atingir apenas os planos de saúde que se recusarem a negociar aumentos

São Paulo - Entre 60% e 70% dos médicos do Estado de São Paulo aderiram nesta quinta-feira, 6, à paralisação de um dia convocada pela Associação Paulista de Medicina (APM). Consulta realizada pelo Estado em 15 clínicas mostra que só 5 de 51 médicos (quase 10%) não atenderam a pacientes de operadoras. A pesquisa da reportagem é informal, sem amostragem.

Entre mobilizações nacionais e estaduais, a paralisação desta quinta foi a quarta nos últimos dois anos. O presidente da APM, Florisval Meinão, admite que os protestos têm chamado cada vez menos a atenção da população. "Com certeza, nas primeiras vezes o impacto foi maior. Mas achamos que é um instrumento que ainda não se esgotou", diz. "É a oportunidade de dar visibilidade a um problema que existe e explicar o que está se passando com o atendimento nos planos."

Segundo Meinão, a paralisação desta quinta foi um alerta para que os planos façam propostas mais consistentes. A APM promete organizar em outubro uma nova paralisação de médicos, dessa vez apenas contra planos que se recusarem a negociar.

"Devemos definir uma nova greve para outubro e pode ser específica contra planos cuja prática tem sido mais predatória."

O protesto desta quinta atingiu apenas as consultas em clínicas e as cirurgias eletivas, que não são emergenciais - os profissionais que trabalham nos hospitais ficaram de fora. "É um instrumento de pressão sobre as empresas do setor para buscar soluções. No passado, os planos diziam que cobravam caro porque pagavam um valor alto aos médicos, mas hoje as pessoas sabem que o médico é mal remunerado", afirma Meinão.

Remuneração. Segundo a APM, os valores pagos por consulta pelos planos estão entre R$ 25 e R$ 60. A classe médica exige pagamento mínimo de R$ 80. Para procedimentos, os honorários estariam mais defasados: R$ 104 para realizar uma curetagem uterina pós-aborto e R$ 54 para uma punção pleural.

A APM lançou recentemente um estudo mostrando altos índices de insatisfação entre os usuários e afirma ter recebido 420 queixas em 15 dias de funcionamento do serviço SOS Pacientes Planos de Saúde APM/Proteste.

As entidades que representam as operadoras, porém, citam pesquisas que mostram que 80% dos beneficiários estão satisfeitos ou muito satisfeitos.

Fonte Estadão

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